Durante discurso recente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um alerta sobre o cenário político mundial, destacando que a democracia, neste início de século, não está sendo ameaçada por ideias socialistas, mas sim pela ascensão da extrema-direita com traços autoritários e antidemocráticos.
"A democracia não está perdendo espaço para o socialismo, mas para a extrema-direita, com comportamento nazista, fascista, que não respeita a convivência civilizada entre iguais e desiguais", afirmou o presidente. Para ele, a experiência vivida pelo Brasil nos últimos anos, com a eleição de Jair Bolsonaro, fez a população compreender de forma mais profunda o valor da democracia.
Lula também ressaltou que um dos grandes desafios do momento é a regulação das plataformas digitais. Ele defendeu que crimes praticados no ambiente virtual devem ser tratados com a mesma seriedade que os cometidos na vida real. “Liberdade de expressão não é liberdade para atacar, propagar ódio ou espalhar mentiras”, destacou, ao cobrar responsabilidade das big techs.
Em resposta a declarações do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que criticou a cobrança de impostos das plataformas digitais no Brasil, Lula reiterou a soberania brasileira e afirmou que o país tem o direito de tributar empresas estrangeiras que atuam em seu território. “O Brasil não aceitará interferência externa nem chantagem de ninguém”, disse.
O presidente também reafirmou a importância do multilateralismo e da cooperação internacional pautada pela justiça social. Em meio à tensão diplomática gerada por uma carta de Trump — que impôs tarifas a produtos brasileiros e exigiu o fim dos processos contra Bolsonaro — Lula classificou a atitude como uma tentativa de violar a soberania nacional e de interferir no Judiciário.
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