Protesto de servidores encerra sessão na Assembleia Legislativa da Bahia

A sessão ordinária da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), realizada nesta terça-feira (27), foi encerrada após manifestantes invadirem o plenário da Casa, em Salvador. O ato foi promovido por servidores do Judiciário estadual, ligados ao Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário da Bahia (Sintaj), que estão em greve desde o dia 6 de maio.

Os trabalhadores exigem o reajuste salarial e a votação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), que está parado na Alba desde agosto de 2024. O protesto ganhou força com a adesão do Sinpojud, que representa outra parte dos servidores e iniciou paralisação no dia 12 de maio.

Antes mesmo do início oficial da sessão, os manifestantes ocuparam o plenário e se recusaram a deixar o local. Diante da situação, a presidente da Alba, deputada Ivana Bastos (PSD), tentou intermediar o diálogo, mas sem sucesso. Com o impasse, optou por suspender os trabalhos legislativos.

“Somos defensores do diálogo e da democracia, mas a ocupação do plenário inviabiliza o funcionamento legítimo da Casa e quebra o espírito de construção coletiva”, declarou Ivana em nota oficial.

De acordo com o Sintaj, a categoria acumula uma defasagem salarial de 62% em relação à inflação da última década. Os servidores afirmam estar há mais de oito anos sem reajuste linear e denunciam a falta de respostas às tentativas de negociação com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

Apesar da greve, os atendimentos considerados essenciais continuam sendo realizados, segundo os sindicatos. Questões urgentes, como decisões sobre saúde, fornecimento de energia e água, seguem sendo priorizadas.

O impasse segue sem prazo para ser resolvido, enquanto as categorias pressionam por avanços concretos nas negociações.