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Tarifas/Importações

Acordo entre EUA e China reduz tarifas, mas mantém taxa pesada sobre pacotes da China

Redução de tarifa pode ajudar Shein e Temu a repor estoques nos EUA

13/05/2025 10h55
Por: Diário da Feira
Fonte: G1 Mundo
Foto: Mike Stewart/ AP Photo
Foto: Mike Stewart/ AP Photo

Apesar do anúncio de um acordo entre Estados Unidos e China para a redução temporária de tarifas comerciais, a medida não altera a polêmica tarifa imposta por Donald Trump sobre pacotes de baixo valor vindos da China — conhecida informalmente como a “taxa das blusinhas”.

O pacto, divulgado nesta segunda-feira (12), prevê a diminuição das chamadas "tarifas recíprocas" por um período de 90 dias: os EUA reduzirão as taxas de 145% para 30% sobre produtos chineses, enquanto a China cortará de 125% para 10% os tributos sobre importações americanas. No entanto, essa trégua não inclui as encomendas de até US$ 800, que antes estavam isentas de impostos pelo regime "minimis" e agora são alvo de novas cobranças, impostas por ordem executiva de Trump no início do mês.

Nova regra atinge comércio de varejo leve

Essas mudanças atingem diretamente gigantes do e-commerce como Temu e Shein, que se beneficiavam da isenção para vender produtos baratos nos Estados Unidos. Segundo dados da Reuters, mais de 1,4 bilhão de pacotes entraram no país sem tributação em 2024, sendo 60% provenientes da China.

Com a nova regra, esses produtos passam a ser taxados em 145%, ou com tarifa fixa de US$ 100 por item — valor que pode dobrar a partir de junho. O objetivo do governo norte-americano é conter a avalanche de importações baratas que, segundo a Casa Branca, prejudicam a indústria local e afetam a segurança econômica.

Reações e impactos do acordo

Especialistas acreditam que o acordo de 90 dias pode facilitar o reabastecimento de estoques nos EUA, mas que o impacto será limitado no varejo de baixo custo. “Ainda há produtos baratos o suficiente para que, mesmo com 30% de imposto, continuem competitivos”, disse Hugo Pakula, CEO da plataforma Tru Identity.

Já o governo norte-americano afirma que manterá o foco em áreas estratégicas como semicondutores, medicamentos e aço, buscando proteger a cadeia produtiva doméstica.

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