A saída da concessionária Via Bahia, que gerenciava as BRs 324 e 116 sul, gerou um clima de incerteza e preocupação entre os usuários das rodovias. Diversos vereadores expressaram suas apreensões durante uma audiência pública realizada na Câmara de Feira de Santana, nesta quarta-feira (7).
A principal crítica se refere à falta de garantias de melhoria nos serviços, com a possibilidade de que a substituição da concessionária não traga mudanças significativas para a população. O vereador Jorge Oliveira (PRD) questionou a eficácia do processo, afirmando que a mudança de empresa pode ser apenas uma troca de nomes, sem melhorias substanciais. “A proposta é de tirar Chico e colocar Francisco”, ironizou ele, ao se referir à continuidade de problemas semelhantes.
Além disso, os altos valores de pedágio propostos para a nova concessão, especialmente no trecho de Feira de Santana a Salvador, foram apontados como um possível agravante para a população. Jorge Oliveira alertou que, caso as propostas se concretizem, o custo do pedágio pode superar R$ 27, o que, segundo ele, seria insustentável para os motoristas.
Os vereadores também criticaram a má gestão da Via Bahia ao longo do contrato, destacando o aumento de acidentes, como foi o caso de sete registros de colisões observados pelo presidente da Câmara, Marcos Lima (UB), em sua última viagem à capital baiana. Além disso, a falta de manutenção e infraestrutura adequada nas rodovias foi amplamente mencionada como uma das maiores falhas da concessionária, que arrecadou altos valores, mas não investiu na melhoria da segurança e das condições das estradas.
A expectativa dos vereadores é de que o novo processo de concessão traga melhorias concretas e que o Governo Federal, junto com os governos estadual e municipal, se envolvam ativamente nas discussões para evitar que os problemas da Via Bahia se repitam.
Sensação
Vento
Umidade