O mercado financeiro global enfrenta um dia de volatilidade nesta quinta-feira (3), com fortes quedas em bolsas europeias e asiáticas e uma desvalorização do dólar. No Brasil, porém, o principal índice da bolsa de valores segue na contramão e registra alta.
Por volta das 11h35, os principais indicadores financeiros do Brasil apresentavam o seguinte comportamento: O dólar caía 1,76%, sendo negociado a R$ 5,5985. O Ibovespa, principal índice da B3, registrava alta de 0,55%, atingindo 131.907 pontos.
Os investidores ao redor do mundo reagiram negativamente ao pacote de tarifas comerciais anunciado pelo governo dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump anunciou a imposição de tarifas sobre diversos países, o que encarecerá produtos e insumos industriais no mercado norte-americano, gerando preocupação com a inflação e o crescimento econômico do país.
Especialistas apontam que essas tarifas podem impulsionar exportadores brasileiros, que podem ocupar espaço no mercado global com os entraves comerciais impostos a outros países. As tarifas impostas ao Brasil foram de 10%, abaixo das aplicadas a diversos outros países.
Os índices acionários europeus e asiáticos registraram quedas expressivas:
Europa:
DAX (Alemanha): -2,29%
CAC 40 (França): -3,00%
FTSE 100 (Reino Unido): -1,40%
IBEX 35 (Espanha): -1,51%
Ásia:
Hang Seng (Hong Kong): -1,52%
Nikkei 225 (Japão): -2,73%
Kospi (Coreia do Sul): -0,76%
Nifty 50 (India): -0,35%
A China, uma das economias mais afetadas, terá tarifas de 34% sobre seus produtos exportados para os EUA. Outros países asiáticos, como Vietnã e Tailândia, também foram duramente impactados com taxas de 46% e 36%, respectivamente.
Trump afirmou que as tarifas anunciadas seguem o princípio de reciprocidade, ou seja, os EUA aplicarão taxas similares às impostas por outros países sobre seus produtos.
O presidente chamou a medida de "Dia da Libertação", justificando que seu objetivo é reduzir a dependência dos EUA de produtos estrangeiros. No entanto, analistas alertam para os riscos de represálias comerciais e de uma desaceleração da economia global devido ao aumento dos custos de produção.
O mercado segue atento aos desdobramentos e possíveis reações de outros países à nova política tarifária norte-americana.
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