Um forte terremoto de magnitude 7,7 atingiu Mianmar nesta sexta-feira (28), sendo sentido com grande intensidade também na Tailândia e na China. O tremor provocou desabamentos e deixou diversas vítimas.
O governo paralelo de Mianmar, que se opõe à junta militar no poder, relatou 12 mortes, enquanto um hospital na capital Naypyitaw já registrou 20 vítimas fatais, segundo a agência AFP. A junta militar ainda não confirmou os números, mas fez apelos por doações de suprimentos médicos.
A mídia estatal informou que o estado de emergência foi decretado em seis regiões, incluindo Sagaing, Mandalay e a capital. A infraestrutura já precária do país, agravada por anos de conflito civil, tem dificultado os esforços de resgate.
O terremoto causou danos significativos a estradas, pontes e edifícios. A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Cruz Vermelha alertam para o risco de colapso de barragens e outras estruturas. Além disso, voos da Myanmar National Airlines foram cancelados devido aos impactos do tremor.
Na Tailândia, o impacto do terremoto foi sentido com força na capital, Bangkok, onde um prédio em construção desabou, resultando na morte de pelo menos três pessoas. Equipes de resgate buscam mais de 80 desaparecidos sob os escombros.
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram moradores assustados fugindo para as ruas e uma piscina no topo de um edifício transbordando, formando uma cascata de água devido aos tremores.
Diante da gravidade da situação, a União Europeia, a França e a Índia já manifestaram apoio e se colocaram à disposição para enviar ajuda humanitária. O pedido de auxílio da junta militar de Mianmar é incomum e reflete a seriedade dos danos causados pelo terremoto.
O Vaticano também expressou solidariedade às vítimas. O secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, enviou um telegrama em nome do Papa Francisco, que desejou força às equipes de resgate e às famílias afetadas pela tragédia.
O tremor ocorreu a apenas 10 km de profundidade, o que amplificou seus efeitos destrutivos. Em Mandalay, uma das cidades mais atingidas, moradores relataram colapsos de prédios e incêndios. “Testemunhei um prédio de cinco andares desmoronar diante dos meus olhos. Todos na minha cidade estão na rua, com medo de voltar para dentro das casas”, disse um morador à Reuters.
A pista do Aeroporto Internacional de Mandalay ficou lotada de passageiros em pânico, tentando escapar do terminal, que sofreu danos estruturais.
Equipes de emergência seguem mobilizadas para atender às vítimas e avaliar os impactos do desastre. A prioridade é o resgate de feridos e o fornecimento de suprimentos essenciais para a população afetada.
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