O Brasil registrou uma taxa de desemprego de 6,8% no trimestre finalizado em fevereiro, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28). O índice representa um aumento em relação ao trimestre anterior, que havia fechado com 6,1%.
Apesar do crescimento da desocupação, o rendimento médio dos trabalhadores alcançou um novo recorde, chegando a R$ 3.378. Além disso, o número de pessoas empregadas com carteira assinada também atingiu o maior patamar da série histórica da pesquisa, totalizando 39,6 milhões.
A pesquisa mostrou que a população desocupada cresceu 10,4% em comparação ao trimestre anterior, somando 7,5 milhões de pessoas. Ainda assim, esse número é 12,5% menor do que o registrado no mesmo período de 2024. Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas do IBGE, essa elevação segue um comportamento esperado para o início do ano, quando há um aumento na procura por emprego após as contratações temporárias de fim de ano.
Mesmo com a leve alta no desemprego, o mercado formal mostrou avanços. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39,6 milhões, representando um crescimento de 1,1% em relação ao trimestre anterior e de 4,1% na comparação anual.
Já o contingente de empregados sem carteira assinada no setor privado recuou 6,0% no trimestre, totalizando 13,5 milhões. O número de servidores públicos também apresentou queda de 3,9% em relação ao trimestre anterior, ficando em 12,4 milhões.
Por outro lado, o total de trabalhadores por conta própria permaneceu estável no trimestre, com 25,9 milhões, mas apresentou alta de 1,7% na comparação anual.
A taxa de informalidade teve uma leve queda, passando de 38,7% no trimestre encerrado em novembro para 38,1% no período analisado. Atualmente, 39,1 milhões de brasileiros estão em ocupações informais.
No total, a população ocupada no Brasil foi estimada em 102,7 milhões de pessoas, enquanto 66,9 milhões estão fora da força de trabalho, ou seja, não estão empregadas nem à procura de trabalho.
A pesquisa também apontou que o Brasil tem 18,3 milhões de pessoas subutilizadas, ou seja, que poderiam estar empregadas, mas estão desocupadas, trabalhando menos horas do que gostariam ou sem disponibilidade para buscar uma vaga. Esse é o menor número desde 2015.
Já a população desalentada, composta por pessoas que gostariam de trabalhar, mas não buscam emprego por falta de oportunidades ou qualificação, manteve-se estável em 2,9 milhões.
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