A madrugada deste domingo (27) foi marcada por uma tragédia em Vancouver, no Canadá, onde um atropelamento em massa durante um festival resultou na morte de 11 pessoas, incluindo a brasileira Kira Salim, de 34 anos. A vítima, que morava no Canadá há quase três anos, foi identificada pelo Ministério das Relações Exteriores. A polícia canadense confirmou que mais de 20 pessoas ficaram feridas, com idades variando de 5 a 65 anos.
O incidente aconteceu por volta das 20h do sábado (26), horário local, durante as comemorações do Dia de Lapu-Lapu, um evento cultural filipino que homenageia o herói indígena que derrotou as forças de Fernão de Magalhães. O atropelamento ocorreu no momento em que o público começava a dispersar, após a celebração que reuniu cerca de 100 mil pessoas na zona sul de Vancouver.
A polícia de Vancouver informou que o motorista, um homem de aproximadamente 30 anos, foi detido. Embora a identidade ainda não tenha sido divulgada, as autoridades garantiram que o incidente não foi um ato terrorista. De acordo com o chefe interino da polícia, Steve Rai, o motorista era conhecido das autoridades e estava sozinho no veículo no momento da tragédia.
Quem era Kira Salim
Kira Salim nasceu no Rio de Janeiro, filha de mãe argentina e pai gaúcho. Com uma trajetória acadêmica e profissional notável, Kira se formou em música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e possuía mestrado em Intervenção Psicológica. No Canadá, atuava como conselheira escolar na Fraser River Middle School desde 2024. Também era defensora dos direitos humanos, com especial dedicação à causa LGBT e animal, além de ser apaixonada por música e ensino.
Salim residia com o marido e seus animais de estimação, incluindo uma cachorrinha resgatada no Brasil e cinco gatos. Nas redes sociais, ela descrevia sua missão de vida como a de apoiar jovens e comunidades marginalizadas, facilitando seu crescimento e prosperidade.
Relatos de testemunhas
Testemunhas do atropelamento contaram detalhes aterradores do ocorrido. Yoseb Vardeh, co-proprietário de um food truck no local, relatou que viu o carro em alta velocidade e ouviu o som do motor acelerando antes de ouvir o estrondo do atropelamento. "Saí do meu food truck e vi corpos por toda parte", disse Vardeh, ainda abalado. Outros presentes também descreveram cenas de pânico, com pessoas feridas e gritos de socorro ecoando pela rua.
O chefe da polícia de Vancouver expressou pesar pela tragédia e afirmou que o trabalho das autoridades continuará para entender todos os detalhes desse evento trágico.
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