Publicada em 23/07/2023 ás 16:26:10
Quatro dos cinco municípios mais violentos do Brasil são
localizados na Bahia; o outro é de Pernambuco.
Todos têm taxas de mortalidade cerca de três vezes maior do
que a média nacional, de 23,4 mortes a cada 100 mil habitantes, conforme o
Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Em 2022, houve um recuo histórico nas mortes violentas no
Brasil. Foram registradas 47.508 vítimas.
A maioria delas foi causada por armas de fogo. Esse número
é maior do que o registrado em 2011, primeiro ano do levantamento.
Mesmo em patamares mais altos, a queda nas mortes de 2021
para 2022 foi puxada por Norte e Nordeste.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública mencionou que a
redução veio após um grande aumento da violência em anos anteriores, com a
migração das facções criminosas de São Paulo e do Rio de Janeiro, expandindo
suas atuações para o Norte e o Nordeste do país.
O gráfico mostra a dinâmica da criminalidade ano após ano, revelando que o recorde de mortes violentas foi em 2017, com 64 mil. Desde então, houve uma queda expressiva, com uma redução de 26,58% em 2022.
Apesar da melhora nas estatísticas, os números ainda são alarmantes. O Brasil está entre as 35 nações mais inseguras do mundo, de acordo com o Índice Global realizado pelo Instituto Internacional para Economia e Paz.
Na América Latina, mesmo com uma realidade social parecida, o país está entre os mais violentos, ficando atrás apenas da Colômbia, Venezuela e México.
Os negros continuam sendo a grande maioria das vítimas, representando 76,9% dos casos.
Além disso, houve um aumento nos casos de estupro, com quase 75 mil ocorrências em 2022, um recorde na série histórica e equivalente a um abuso a cada 7 minutos. Especialistas apontam que esse crescimento pode estar relacionado ao aumento de denúncias e à maior confiança das vítimas nas políticas de segurança.
O combate à violência no Brasil ainda enfrenta o desafio da alta letalidade policial, com o país registrando o equivalente a 17 óbitos por dia resultantes de intervenções policiais. Bahia e Rio de Janeiro concentram 43% de todas as mortes causadas por agentes policiais.
Os especialistas ainda destacam a importância de melhorar a atuação do Estado na área de repressão, prevenção e distribuição de renda, além de enfrentar a lentidão do Judiciário e melhorar o sistema penitenciário para evitar que criminosos saiam piores do que quando entraram nas prisões.
Por Diário da Feira via CNN
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