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Menina dada como morta em creche de MG sobreviveu, diz Corpo de Bombeiros; 5 morreram


Publicada em 06/10/2017 ás 09:58:03
(Foto: Juliana Peixoto/G1)
Rosângela passou a noite no hospital com a filha de 4 anos, Maria Rita Barbosa, que estuda na creche Gente Inocente

 Uma das crianças que havia sido dada como morta no ataque a uma creche de Minas Gerais na quinta-feira (5) sobreviveu. Com isso, o número de crianças mortas foi revisado de seis para cinco. As informações foram divulgadas pelo Corpo de Bombeiros mineiro nesta sexta-feira (6).

Segundo os bombeiros, houve um erro de avaliação médica e Cecília Davina Gonçalves Dias, de 4 anos, que estava com parada cardíaca, foi reanimada após manobras.

autor do ataque, Damião Soares dos Santos, de 50 anos, e uma professora, de 43, também morreram. A educadora teve 90% do corpo queimado. Segundo a Polícia Militar, o vigia jogou álcool nas crianças e em si mesmo e, em seguida, colocou fogo.

Feridos

Outras crianças e funcionários da creche ficaram feridos no ataque. Trinta e oito pessoas permanecem internadas em hospitais de Montes Claros, Janaúba e Belo Horizonte. Entre elas, estão 22 crianças.

Duas funcionárias da creche, que estão em estado grave, foram transferidas de helicóptero de Janaúba para Belo Horizonte, na manhã desta sexta-feira.

O Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, também recebeu na madrugada mais quatro crianças feridas. Unidade é referência no estado em tratamento de queimaduras. Ao todo, há 11 pessoas internadas em Belo Horizonte, sendo 9 no João XXIII, em estado grave.

O Centro Integrado de Atendimentos às Vítimas de Acidentes (Ciava) do Hospital Universitário de Santa Maria (UFSM) recebeu um pedido de ajuda das equipes que trabalham no atendimento dos feridos no incêndio em uma creche localizada na cidade de Janaúba, em Minas Gerais. O Ciava atendeu as vítimas da tragédia na boate Kiss, em 2013.

O pedido de ajuda ao Ciava foi encaminhado ainda na quinta por meio da assistência farmacêutica do HUSM. Nesta sexta, a equipe está avaliando se a ajuda ocorrerá à distância, ou se profissionais serão enviados para Belo Horizonte.

Sobrevivente

Rosângela passou a noite no hospital com a filha Maria Rita Barbosa, de 4 anos. Ela estava na creche no momento do ataque, mas não sofreu queimaduras.

“Quando eu cheguei lá, o fogo já estava apagado. Minha filha só me falou que viu a professora e os coleguinhas se queimando. Eu trouxe ela para o hospital porque estava tossindo muito”, disse Rosângela Souza Barbosa, de 38 anos.

Vítimas

Segundo o Instituto Médico-Legal da cidade, morreram no ataque:

·                   Ana Clara Ferreira Silva, 4 anos

·                   Luiz Davi Carlos Rodrigues, 4 anos

·                   Juan Pablo Cruz dos Santos, 4 anos

·                   Juan Miguel Soares Silva, 4 anos

·                   Renan Nicolas Santos, 4 anos

·                   Helley Abreu Batista, professora, 43 anos

Autor do ataque

De acordo com a prefeitura, Damião Soares dos Santos era funcionário efetivo desde 2008. Ele ficou de férias de julho a agosto e, ao retornar ao trabalho, no mês de setembro, alegou problema de saúde e foi afastado.

Damião foi à creche na manhã desta quinta entregar o atestado médico e cometeu o crime. O delegado Bruno Fernandes Barbosa informou que ele entrou na creche de mochila, sem tirar o capacete, fechou as portas e já ateou fogo em uma funcionária que estava na cozinha.

A perícia indica que ele fechou três salas da creche, onde havia entre 55 e 60 pessoas. Ele tirou um galão da mochila, jogou álcool nas crianças e ateou fogo. Logo as chamas se espalharam por outras salas. O homem teria ainda segurado as crianças, impedindo que elas saíssem. Uma professora tentou conter a ação de Damião e chegou a lutar com ele.

O vigia foi levado para o hospital com queimaduras no corpo inteiro e morreu cerca de três horas depois.

"Tenho plena convicção de que o crime foi premeditado, ele escolheu a data de dia 5 de outubro porque o pai dele morreu no dia 5 de outubro, há três anos", disse o delegado.

Segundo Barbosa, o segurança havia dito a familiares que "essa semana iria morrer". Parentes disseram à polícia que, desde 2014, Damião já apresentava "sinais de loucura". "Ele alegava que a mãe dele estava envenenando a água, e que isso estava trazendo problemas", disse o delegado.

Na casa de Damião, a polícia encontrou cartas escritas por ele, nas quais dizia ter predileção e afeto por crianças. Também foram achados galões de combustível. "Encontramos seis ou sete galões de cinco litros com álcool", disse o delegado

 

 

Por Diario da Feira/G1
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