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Golpe/Réus

PGR pede que Bolsonaro e aliados sejam tornados réus por tentativa de golpe

Procuradoria-geral da República entendeu que argumentos da defesa não se sustentam,

13/03/2025 14h33
Por: Diário da Feira
Fonte: G1
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu, nesta quinta-feira (13), o recebimento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros investigados por suposta participação em uma trama para um golpe de Estado no Brasil.

Segundo a PGR, as justificativas apresentadas pelas defesas dos acusados não são suficientes para invalidar a denúncia, e há elementos sólidos que indicam o envolvimento dos denunciados no caso.

Acusados e contexto da denúncia

O inquérito envolve um grupo considerado o núcleo central da suposta tentativa de golpe, incluindo:

  • Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;

  • Alexandre Ramagem – ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);

  • Almir Garnier Santos – ex-comandante da Marinha;

  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF;

  • General Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);

  • Mauro Cid – ex-ajudante de ordens da Presidência;

  • Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;

  • Walter Braga Netto – ex-ministro da Casa Civil.

A manifestação da PGR é parte do trâmite processual. Após a denúncia ser formalmente apresentada, o Supremo Tribunal Federal (STF) concede prazo para que os acusados apresentem suas defesas antes de encaminhar os argumentos à Procuradoria.

No parecer, a PGR reforça que a denúncia preenche todos os requisitos legais e descreve de forma detalhada a participação de cada investigado nos fatos apurados.

Argumentos das defesas

Os advogados dos acusados negam qualquer envolvimento dos investigados em um suposto plano golpista e alegam que a denúncia deve ser rejeitada com base nos seguintes pontos:

  • O Supremo Tribunal Federal não teria competência para julgar o caso;

  • O relator do processo teria tomado decisões de forma unilateral, extrapolando suas funções;

  • As defesas não tiveram acesso integral às provas apresentadas;

  • Não há provas concretas que sustentem a acusação.

Resposta da PGR

Em sua manifestação, a PGR refutou todas as alegações da defesa e afirmou que a delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, é válida e foi firmada de maneira voluntária.

"A Procuradoria-Geral da República se manifestou, em mais de uma oportunidade, pela manutenção do acordo de colaboração premiada, o que foi acolhido judicialmente. Não há fato novo que justifique a alteração desse entendimento", destacou o documento.

A PGR também afirmou que as investigações seguiram todos os trâmites legais e foram conduzidas com base em pedidos da Polícia Federal e manifestação da própria Procuradoria, sem que houvesse qualquer violação ao processo legal.

Quanto à acusação de que as defesas não tiveram acesso aos documentos, a PGR declarou que todo o material relevante foi disponibilizado e que seu volume reflete a complexidade do caso.

"Os elementos informativos apresentados estão diretamente relacionados à acusação e foram devidamente indicados ao longo da peça acusatória, garantindo o pleno direito de defesa dos denunciados", afirmou a procuradoria.

Próximos passos

Com a manifestação da PGR, o relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes, deve preparar seu voto sobre a denúncia.

O caso será levado a julgamento pela Primeira Turma do Supremo, composta pelos ministros:

  • Cristiano Zanin (presidente da turma);

  • Alexandre de Moraes (relator);

  • Luiz Fux;

  • Cármen Lúcia;

  • Flávio Dino.

Os ministros decidirão se a denúncia será arquivada ou se os acusados se tornarão réus, passando a responder formalmente pelos crimes imputados.

 

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