As recentes demissões no Itaú, embora concentradas principalmente em São Paulo, causaram repercussão em todo o Brasil, incluindo a Bahia, onde a maioria dos funcionários atua presencialmente. A diretora da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Luciana Dória, destacou que mesmo os trabalhadores em home office, ligados à área de investimentos, se sentiram inseguros com os desligamentos.
Segundo Luciana, os acordos e negociações do setor bancário são nacionais, de modo que impactos em um estado afetam a todos. Na terça-feira (9), a Comissão de Organização dos Empregados (COE) se reuniu com representantes do banco, solicitando a revisão das dispensas, mas a empresa aceitou avaliar apenas casos de funcionários adoecidos.
A dirigente sindical também criticou o fato de que o banco não comunicou as demissões ao sindicato, contrariando a decisão do STF no Tema 638, que exige participação sindical em casos de desligamentos em massa. “A postura do Itaú foi arbitrária e desrespeitosa à decisão constitucional”, afirmou Luciana.
O banco, por sua vez, negou demissão em massa e explicou que os desligamentos se deram após revisão de condutas relacionadas ao trabalho remoto e registro de jornada. Em São Paulo, cerca de 1 mil empregados foram afetados, principalmente nos polos do Centro Tecnológico (CT), EIC e Faria Lima.
Em julho deste ano, a Bahia já registrou protestos contra o fechamento de agências do banco em Salvador, nos bairros de Brotas, Cabula e Imbuí, afetando cerca de 73 mil correntistas. Ao todo, o Itaú encerrou 130 unidades no país neste ano, justificando a decisão pelo aumento dos serviços digitais.
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