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Ensino Superior

Ensino superior no Brasil pode mais que dobrar salário, aponta OCDE

Relatório da OCDE aponta impacto do ensino superior no Brasil

09/09/2025 08h40
Por: Diário da Feira
Fonte: Agência Basil
Foto: Arquivo/Agência Brasil
Foto: Arquivo/Agência Brasil

Ter um diploma de ensino superior no Brasil representa uma vantagem significativa no mercado de trabalho, aumentando as chances de emprego e oferecendo salários que podem mais do que dobrar em relação a quem possui apenas o ensino médio. Apesar disso, cerca de 25% dos estudantes abandonam os cursos após o primeiro ano.

Os dados fazem parte do relatório Education at a Glance 2025 (EaG), da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne informações sobre desempenho estudantil, taxas de matrícula e organização dos sistemas educacionais em 38 países-membros e parceiros, incluindo o Brasil.

Segundo o estudo, brasileiros entre 25 e 64 anos com diploma superior ganham, em média, 148% a mais que os com ensino médio. O percentual é superior à média da OCDE, que é de 54%, ficando atrás apenas da Colômbia (150%) e da África do Sul (251%).

Evasão e desigualdade de acesso

Apesar das vantagens, o ensino superior ainda atinge uma parcela pequena da população. Dados do IBGE de 2024 indicam que apenas 20,5% dos brasileiros com 25 anos ou mais têm diploma universitário. Além disso, 24% dos jovens de 18 a 24 anos não estão empregados nem estudando, taxa superior à média da OCDE de 14%, com diferença significativa entre mulheres (29%) e homens (19%).

A evasão é outro desafio: 25% abandonam os estudos após o primeiro ano, enquanto apenas 49% concluem o curso até três anos após o período previsto — bem abaixo da média da OCDE, que é de 70%. Mulheres têm mais chances de concluir a graduação, com taxa de 53%, contra 43% dos homens no Brasil.

Investimentos e qualidade da educação

O investimento governamental no ensino superior brasileiro é de US$ 3.765 por aluno, equivalente a R$ 20 mil, inferior à média da OCDE, que é de US$ 15.102 (cerca de R$ 80 mil). Em proporção do PIB, porém, o gasto brasileiro é semelhante à média da OCDE, 0,9%.

O secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, ressalta que é fundamental melhorar a qualidade do ensino e o retorno dos investimentos, incluindo programas de orientação profissional, cursos bem estruturados, ensino mais flexível e inclusivo, e apoio a estudantes em risco de abandono.

Cormann também alerta que mesmo entre graduados, alguns adultos têm dificuldades em habilidades básicas de leitura, reforçando a necessidade de expandir o acesso e a qualidade do ensino superior para aumentar o impacto no mercado de trabalho e na economia.

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