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Relações Brasil-EUA

Lula reforça diálogo com EUA e rejeita submissão ao dólar

Brasil reafirma defesa de seus interesses estratégicos, diz Lula

03/08/2025 14h57
Por: Diário da Feira
Fonte: Agência Basil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (3) que o Brasil busca alternativas ao dólar para o comércio internacional, sem, no entanto, desafiar diretamente os Estados Unidos. Em discurso durante evento do Partido dos Trabalhadores (PT) em Brasília, Lula afirmou que o país não aceita ser tratado como uma “republiqueta” e que deseja negociar em condições de igualdade, defendendo seus interesses estratégicos e econômicos.

“Não vou abrir mão de procurar uma moeda alternativa para negociar com outros países. Não preciso ficar subordinado ao dólar”, destacou Lula. A declaração ocorre em meio às tarifas de 50% impostas pelos EUA sobre cerca de 36% das exportações brasileiras, em uma ação vista por analistas como retaliação à proposta do bloco Brics de criar uma moeda alternativa para reduzir a dependência do dólar.

Durante a cúpula dos Brics, realizada no Rio de Janeiro, o presidente americano Donald Trump criticou o bloco e ameaçou retaliar os países que busquem substituir o dólar no comércio global. Lula reconheceu a força dos EUA, destacando sua importância econômica, tecnológica e militar, mas enfatizou que o Brasil quer ser respeitado em razão de seu tamanho e relevância.

Apesar do tom firme, Lula sinalizou abertura para diálogo e cooperação. “O Brasil não é tão dependente dos EUA como antes, mas a relação diplomática de 201 anos deve ser preservada”, afirmou. O presidente também garantiu apoio a empresas e trabalhadores impactados pelo tarifaço e mencionou propostas já apresentadas para negociações com a Casa Branca.

O secretário do Tesouro dos EUA já iniciou contatos com o Ministério da Fazenda do Brasil, e Trump demonstrou disposição para conversar com Lula. O governo brasileiro deve anunciar em breve um pacote de medidas com linhas de crédito para mitigar os efeitos da taxação americana.

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