O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou nesta quinta-feira (5) que transferiu R$ 2 milhões para o filho Eduardo Bolsonaro, que atualmente vive nos Estados Unidos. Segundo ele, o valor foi enviado para garantir o sustento do deputado licenciado e de sua família no exterior.
A declaração foi feita após Bolsonaro prestar depoimento por cerca de duas horas na sede da Polícia Federal, em Brasília, no âmbito do inquérito que apura a atuação de Eduardo nos EUA contra autoridades brasileiras.
"Enviei bastante dinheiro legal, inclusive via Pix. Meu filho está com dois netos meus, tudo é mais caro fora do país. Não quero que ele passe necessidade", disse Bolsonaro, ao reforçar que os recursos são lícitos e fruto de sua movimentação financeira registrada.
Durante a coletiva, Bolsonaro negou que Eduardo esteja envolvido em qualquer ação para pressionar autoridades brasileiras a partir do território norte-americano. “Não há lobby ou trabalho para sancionar quem quer que seja. O que ele faz lá fora é defender a democracia”, alegou o ex-presidente.
A investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) busca apurar se Eduardo Bolsonaro tentou influenciar políticos aliados de Donald Trump para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) e outras instituições. Segundo o órgão, as ações podem configurar crimes como coação, obstrução de justiça e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Bolsonaro foi incluído nas apurações por supostamente ser beneficiado direto pelas ações do filho e por financiar sua permanência nos EUA. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou a oitiva do ex-presidente e de outras testemunhas, como diplomatas e parlamentares.
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