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[Bahia] Está suspenso no Estado, há quase 2 anos, o procedimento de transplante de coração


Publicada em 22/08/2023 ás 18:18:09
UOL
O último transplante de coração realizado na Bahia foi em 18 de janeiro do ano passado

Depois de duas semanas internado em um hospital em São Paulo devido a um quadro de insuficiência cardíaca, o apresentador Fausto Silva anunciou que vai precisar de um transplante de coração. A Bahia não realiza o procedimento desde janeiro do ano passado e pacientes que precisam ser transplantados são transferidos para outros estados. Hoje, 58 pacientes aguardam para realizar o procedimento fora de casa. Entre 2010 e 2022, apenas quatro transplantes cardíacos foram feitos em território baiano.

O transplante é como a ponta do iceberg no tratamento de doenças cardíacas. Ou seja, o recurso final para manter um paciente vivo e saudável. A última cirurgia desse tipo foi feita na Bahia em 18 de janeiro de 2022, no Hospital Ana Nery. Desde então, todos aqueles que precisam receber um novo coração são colocados em listas de espera de outros estados. A falta de recursos financeiros e a prioridade para a realização de outras cirurgias, que não o transplante, justificam a suspensão do serviço, de acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).

O histórico do estado na realização do procedimento é marcado por idas e vindas. Entre 2009 e 2014 nenhum transplante de coração foi feito na Bahia. Apenas em 2015, quando o Hospital Ana Nery (HAN) passou por uma reestruturação, a cirurgia foi realizada, em novembro. Os dois procedimentos seguintes só aconteceram três anos depois, em 2018. Até que em janeiro do ano passado, uma mulher que passou duas semanas sobrevivendo com o auxílio de máquinas que bombeiam o sangue foi a última paciente a passar pela cirurgia.

A previsão é de que o HAN volte a realizar o procedimento em outubro deste ano. Até que isso aconteça, pacientes precisam se afastar de familiares e amigos para enfrentar a espera por um coração em uma cidade distante, além de correr mais riscos diante da necessidade de transporte. O tempo médio de espera para a realização da cirurgia é de 6 meses a 1 ano.

“O transplante é a linha final de tratamento para os pacientes que têm insuficiência cardíaca. A transferência desses pacientes é de alto risco e envolve transporte aéreo”, explica o cardiologista Luiz Ritt, professor e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia Regional Bahia. Em cerca de um ano e meio, o especialista participou do tratamento de ao menos quatro pacientes que precisaram ser transferidos.

Segundo o cardiologista Luiz Ritt, um paciente com insuficiência cardíaca terminal tem chance de mortalidade de mais de 50% em um ano. “Já quando é transplantado, o paciente tem vida média de dez anos, sendo que pode passar pelo procedimento novamente”, ressalta.

Hábitos saudáveis diminuem a chance de necessidade de transplantes

A prevenção é ponto chave para evitar, em muitos casos, a insuficiência cardíaca que leva os pacientes a entrar na fila de transplante. “A gente precisa trabalhar com prevenção porque a maioria dos casos que causam insuficiência cardíaca poderiam ser evitados. Precisamos cuidar da hipertensão, colesterol alto e do sobrepeso”, explica o cardiologista Luiz Ritt. Manter uma vida ativa, com a prática de exercícios físicos e sem consumo de cigarro, também diminui o risco de problemas de coração.


 

Por Diário da Feira via Correio
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