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[Brasil] Saiba as possíveis causas do apagão que atingiu vários estados


Publicada em 16/08/2023 ás 08:33:33
Infonet
Linhas de transmissão de energia: mais de 179 mil quilômetros conectam todo o país pelo SIN

O apagão nacional que deixou 25 Estados e o Distrito Federal sem energia na 3ª feira (15.ago.2023) foi causado por 2 problemas, ao que tudo indica. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a 1ª razão foi uma sobrecarga em linhas de transmissão no Ceará, mas não detalhou o que teria provocado isso. O outro motivo ainda é desconhecido. Só se sabe que também foi uma intercorrência nas regiões Nordeste e Norte.

Especialistas ouvidos pelo Poder360 listaram possíveis motivos que podem ter provocado a pane. Uma das principais hipóteses apontadas é que uma abrupta mudança no fluxo da geração de usinas eólicas e solares tenha feito o sistema cair por injetar mais energia que a capacidade das linhas de transmissão. O governo não descartou a possibilidade, mas há outros fatores.

Ainda não há nenhuma conclusão, mas os analistas e o próprio governo acreditam que dificilmente seria um único problema. O ONS (Operador Nacional do Sistema) divulgará um relatório detalhado com as causas em até 48 horas. A Polícia Federal e Abin (Agência Brasileira de Inteligência) também vão investigar se houve ação criminosa.

Entenda abaixo o que se sabe:

COMBINAÇÃO DE FATORES

Silveira classificou o apagão como um evento raro e uma combinação de pelo menos 2 problemas. Explicou que o sistema elétrico brasileiro trabalha com o modelo de segurança “N–1”, com duplicidade ou redundância na operação. “Para acontecer alguma coisa, teria que ter 2 eventos [falhas] concomitantes”, disse.

Nas comparações do próprio ministro, esse modelo funciona como 2 estradas independentes, mas na mesma direção. Se uma apresentar problemas e ficar obstruída, há outra que pode substitui-la. Isso é necessário porque problemas nas linhas de transmissão podem ocorrer com frequência.

SOBRECARGA NO CEARÁ

A 1ª causa identificada foi a sobrecarga em linhas de transmissão no Ceará. Os números do ONS (Operador Nacional do Sistema), responsável pelo SIN (Sistema Elétrico Nacional), mostram que a carga no subsistema Nordeste estava em 11.848 MW às 8h30. Houve pico de carga logo depois, alcançando 17.648 MW às 8h31.

Essa sobrecarga fez o subsistema cair automaticamente. A carga na região atingiu 6.542 MW às 8h40. Só foi normalizada por volta de 14h42.

GERAÇÃO EÓLICA E SOLAR

O fluxo da geração de energia em usinas eólicas e solares no Nordeste do país pode ser a causa da sobrecarga. No momento que houve a ocorrência, havia mais energia de usinas eólicas e solares entrando na rede do Nordeste do que proveniente de térmicas e hidrelétricas. Números do ONS mostram que a região concentra a maior parte da produção nessas fontes, que respondem por 70% do subsistema.

Adriano Pires, diretor-fundador do Cbie (Centro Brasileiro de Infraestrutura), diz que como as fontes eólicas e solares são intermitentes, não trazem segurança de um fornecimento de energia contínuo. Assim, essas usinas podem não gerar nada em momentos de pouco vento e falta de sol, mas podem apresentar picos de geração em alguns momentos do dia.


O sistema elétrico atual, porém, não suporta os trancos causados por essa intermitência. Alexandre Silveira admitiu que o sistema precisa ser aperfeiçoado para se adaptar a essas fontes. “Energias limpas e renováveis são uma realidade. Eólica é uma realidade, solar é uma realidade, e elas são um caminho sem volta. O sistema tem que cada vez mais se modernizar para que possa convergir as energias estáveis”, disse o ministro.

OUTRAS HIPÓTESES

Luciano Duque cita outras causas possíveis que podem ter provocado esse pico de energia no Ceará, como uma descarga atmosférica na rede ou curto-circuito em uma fonte geradora.

A 2ª causa, também por problema nos subsistemas Norte e Nordeste, pode ter sido causada por falhas nos sistemas de proteção e de geração, ou mesmo erros humanos.

Há possibilidade inclusive de ação criminosa, como, por exemplo, sabotagem em linha de transmissão, hipótese que também vem sendo considerada pelo governo.


 

Por Diário da Feira via Poder 360
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