Publicada em 19/07/2023 ás 14:58:53
As autoridades do Quênia descobriram nesta segunda-feira
(17) mais 12 corpos de pessoas que morreram de fome por terem sido induzidas a
isso por uma seita evangélica do país --até o momento, sabe-se que há 403
mortos em consequência das práticas do grupo.
A história foi chamada de "massacre de
Shakahola", nome da floresta do Quênia onde o incidente ocorreu.
As autoridades esperam que o balanço aumente, já que as
buscas pelas valas comuns em uma ampla região do litoral queniano continuam,
quase três meses depois da descoberta das primeira vítimas.
Salvação por meio de inanição A seita cristã era liderada por um líder chamado Paul
Nthenge Mackenzie, um ex-motorista de taxi. Ele atraiu seguidores para a
floresta de Shakahola prometendo salvação religiosa por meio da morte por
inanição.
Os membros da seita abandonaram suas casas e se mudaram
para a propriedade acreditando que o lugar era um santuário do apocalipse que
estava prestes a ocorrer. A propriedade se tornou uma cena de um crime. Os
seguidores morreram de fome ou prejudicaram gravemente sua própria saúde na
crença de iriam encontrar Jesus.
Algumas das vítimas, entre elas crianças, foram
estranguladas, agredidas ou asfixiadas, segundo as autópsias. O número de
mortos é alto porque as atividades da seita passaram despercebidas por muito
tempo.
O destino de Paul Nthenge Mackenzie Mackenzie está preso desde 14 de abril e será processado,
entre outras acusações, por terrorismo.
Outras 16 pessoas são acusadas de pertencer a um grupo de
homens encarregados de vigiar para que nenhum fiel acabasse com o jejum ou
escapasse da floresta, localizada perto da cidade litorânea de Malindi.
O ministro do Interior anunciou que a floresta de Shakahola
será declarada como "memorial".
No mês passado, a Justiça abriu um processo por "tentativa de suicídio" contra 65 adeptos que se recusaram a comer depois de serem retirados da floresta.
Por Diário da Feira via G1
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