Publicada em 11/07/2023 ás 10:53:59
Mais de 61 mil pessoas morreram de calor na Europa durante
o verão de 2022 no Hemisfério Norte, de acordo com um estudo publicado nesta
segunda-feira (10) pela revista científica Nature Medicine.
Sem medidas adequadas, o continente poderá enfrentar mais
de 94 mil mortes por ondas de calor em 2040, segundo o estudo, elaborado por
cientistas de um instituto de saúde francês e do Instituto de Saúde Global de
Barcelona (ISGlobal).
O verão de 2022 foi o mais quente registrado até hoje na
Europa, com sucessivas ondas de calor que causaram recordes de temperatura,
seca e incêndios florestais. Os cientistas analisaram dados de temperatura e mortalidade
para o período 2015-2022 em 823 regiões de 35 países europeus, com uma
população total de mais de 543 milhões de pessoas.
Com base nesses dados, construíram modelos epidemiológicos
que permitem prever a mortalidade atribuível às temperaturas para cada região e
semana do período de verão do ano passado, que no Hemisfério Norte é entre fim
de junho e fim de setembro.
No total, a análise revela que, entre 30 de maio e 4 de
setembro de 2022, ocorreram 61.672 mortes atribuíveis ao calor na Europa.
Só uma onda de calor particularmente intensa, entre 18 e 24
de julho, causou 11.637 mortes.
"Já sabíamos dos efeitos do calor na mortalidade desde o precedente de 2003, mas com esta análise fica claro que ainda há muito trabalho a ser feito para proteger a população", acrescentou. O índice de mortalidade no verão de 2003, quando a Europa sofreu uma das piores ondas de calor de sua história, ultrapassou a cifra de 70.000 mortes.
Por Diário da Feira via G1
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