Publicada em 15/06/2023 ás 10:02:13
A agência de classificação de risco S&P Global Ratings
alterou a perspectiva de rating (nota de crédito) do Brasil de estável para
positiva nesta quarta-feira (14). A classificação positiva para o país não
acontecia desde 2019.
A empresa também reafirmou o rating de crédito soberano,
que reflete a capacidade do país de honrar seus compromissos financeiros, em
"BB-" — nota que o país tem desde 2020.
Essa classificação ainda indica um "grau
especulativo" — o que, segundo a agência, aponta que o Brasil está menos
vulnerável ao risco no curto prazo, mas segue enfrentando incertezas em relação
a condições financeiras e econômicas adversas.
O movimento reflete sinais de maior certeza sobre a estabilidade
das políticas fiscal e monetária, que podem acabar beneficiando o crescimento
do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
De acordo com a S&P, apesar de o Brasil ainda registrar
grandes déficits fiscais, o avanço da atividade e um caminho mais claro para a
política fiscal podem resultar em um ônus da dívida do governo "menor do
que o inicialmente esperado."
A agência reforça, no entanto, que caso as políticas fiscal
e monetária sejam implementadas de forma inadequada e resultem em um
crescimento econômico limitado e uma deterioração fiscal maior do que o
esperado, essa perspectiva pode ser novamente rebaixada para
"estável" nos próximos dois anos.
Já no cenário positivo, se o governo conseguir implementar
políticas econômicas "pragmáticas" e que sejam capazes de conter as
vulnerabilidades nas finanças públicas do país, indicando um crescimento maior
do PIB, a companhia afirma que pode elevar o rating brasileiro novamente nos
próximos dois anos.
A elevação da perspectiva do Brasil de estável para
positiva indica um cenário mais otimista para o país no médio prazo — e pode,
eventualmente, se traduzir em novas elevações da nota de crédito.
Essa nota de crédito reflete a solidez e a saúde das
finanças do Brasil, indicando sua capacidade em honrar com seus compromissos
financeiros ao longo do tempo. Quanto maior é essa classificação, mais
confiável o país é.
Na prática, a mudança da perspectiva muda pouca coisa para
o Brasil de imediato — os efeitos maiores devem vir de forma mais clara quando
(e se) essa alteração se refletir em uma nota de crédito melhor.
Isso porque quanto maior é a nota de um país, mais os investidores (principalmente estrangeiros) tendem a alocar recursos em sua economia, promovendo um maior crescimento da atividade.
Por Diário da Feira via G1
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