Publicada em 16/05/2023 ás 16:28:43
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou nesta
terça-feira (16) que os preços do litro da gasolina e do diesel ficarão mais
baratos às distribuidoras a partir de amanhã, a R$ 0,40 e R$ 0,44,
respectivamente. O GLP (gás liquefeito de petróleo) — o popular gás de
cozinha — também teve redução de R$ 8,97 por botijão. “Estamos tentando colocar um impacto possível na bomba para
o consumidor final. Caso todas as outras parcelas se mantenham fixas, esperamos
que o preço da gasolina passe de R$ 5,49 o litro, em média, para R$ 5,20. O
diesel S10, de R$ 5,87 para R$ 5,18”, disse Prates a jornalistas. O botijão de gás, por sua vez, deve ficar abaixo dos R$ 100 pela primeira vez desde outubro de 2021. A expectativa do presidente da estatal é que o preço médio chegue a R$ 99,87. Em comunicado enviado à imprensa, a Petrobras explica que as estimativas dos preços levam em conta as misturas obrigatórias de cada combustível — o diesel S10, por exemplo, é feito de 88% diesel e 12% de biodiesel, enquanto a gasolina tipo A é composta por 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro. “A redução do preço da Petrobras tem como objetivos
principais a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às
principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de
mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os
mercados nacional e internacional”, disse a empresa. Fim da política de paridade internacional de preços Adotada durante o governo Michel Temer (MDB), a paridade de importação de preços alinhava os preços locais aos internacionais, o que refletia direta e automaticamente no mercado interno. Segundo o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, informou a estatal em fato relevante, “os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”. A “nova estratégia comercial” — que passa valer já a partir
desta terça, de acordo com Prates — usará duas referências do mercado: o custo
alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e o valor
marginal para a Petrobras. Como explica a empresa, o custo alternativo do cliente “contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos”, enquanto o valor marginal é baseado no “custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”. A mudança trará mais flexibilidade para que a empresa
pratique preços competitivos, “se valendo de suas melhores condições de
produção e logística”, e dispute mercado com atores que comercializam
combustíveis no país, como distribuidores e importadores.
Por Diário da Feira via CNN Brasil
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