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[Entrevista] Especialista fala sobre o uso de Canabidiol, extrato da flor da maconha, para tratamento de doenças


Publicada em 10/05/2023 ás 16:28:33
Jornal da USP
Canabidiol pode ser usado no tratamento para doenças, dores e neurodivergências

Diário da Feira: como é feito é o tratamento com o canabidiol?

Dr. Leopoldo Pires: assim como qualquer medicação a gente pensa sempre nas formas de administração, as mais fáceis são as formas orais geralmente usando comprimidos, usando cápsulas. Em específico do canabidiol a formulação que todo mundo conhece aí geralmente é do óleo é um óleo que é administrado embaixo da língua e pode ser engolido depois e tem uma absorção similar de qualquer outra gordura da alimentação em comparação com o corpo, então é algo muito natural muito instintivo até o seu uso.


Diário da Feira: canabidiol na verdade é um extrato da própria folha da maconha, da flor da maconha ou da raiz?

Dr. Leopoldo Pires: o mais técnico, o nome seria infrutescência da maconha que é o que chamam de flor vulgarmente. O pessoal às vezes acha que é aquela folhinha ali com as pontas, a folha até tem uma quantidade que pode extrair, mas em geral a matéria para ter aquela flor aquela infrutescência é uma coisa assim que se faz da forma mais instintiva possível no banho-maria. Você pega uma base gordurosa óleo, azeite, manteiga e faz um banho maria com a flor e consegue extrair, essa é uma forma assim mais simplificada, mas existe um processo farmacêutico para produzir em termos de medicação final mesmo, mas em geral é isso é uma coisa bem tranquila bem orgânica.


Diário da Feira: estou perguntando assim para que as pessoas não entendam de outra forma, que nós estamos aqui fazendo apologia à maconha ou qualquer tipo de droga, nós estamos falando de alguma substância que sai da natureza para dar qualidade de vida a quem precisa. Qual a patologia tem feito o pessoal procurar pelo tratamento com Canabidiol?

Dr. Leopoldo Pires: sem dúvida são ansiedade, insônia e dores aí circula as principais causas. Em geral de cada um é dores, por exemplo fibromialgia muita gente procura, artrite, reumatoide, dores da artrose, dores crônicas do exercício então tem atleta usando por diversos motivos relacionados a lesões esportivas e a gente tem a predominância das doenças neuronais e também as condições neuro diversas autismo, TDAH, esclerose múltipla, Alzheimer, Parkinson a lista é muito grande a gente pode falar dela quase como se fosse é uma arsenal de armas, vamos dizer assim, do bem para terapias derivadas da planta.


Diário da Feira: o senhor falou que a gente pode simplificar usando aquela flor em casa, nesse caso é aconselhável você levar flor pra casa e fazer esse procedimento ou comprar o canabidiol em cartório naturais?

Dr. Leopoldo Pires: eu gosto de pegar um paralelo antes do que o Fábio falou para a gente pensar em não falar de uso indiscriminado de substâncias nunca, mas entender que essa planta, em específico, para dar semente passando pelo caule e passando pelas folhas até a flor produz matéria-prima, fibras, medicamentos, alimentos entre outras utilidades enquanto que o álcool por exemplo, a gente não ouviu falar de um álcool medicinal.

A forma de lidar com isso são várias, produção e medicamento artesanal você pode fazer um chá em casa, é uma planta. Por exemplo o Salgueiro, a casca do Salgueiro a gente tira o AAS, o que a química descobriu foi como sintetizar e isolar aquilo, no caso da maconha específica a gente não precisa sintetizar e isolar porque a natureza dá a forma mais essencial e mais pura.

Então entrando em termos técnicos, quer buscar como medicina, busca como medicamento uma produção certificada que determine que é livre de metais pesados, contaminações e que diga o que, é em qual quantidade, artesanalmente não vai ter essa precisão como tratamento não vai funcionar.


Diário da Feira: pra gente completar essa pergunta, o caminho correto é, dentro desses sintomas que o senhor citou a gente procurar um médico e ele nos encaminhar a um laboratório de produtos, o senhor prescreve o uso e a quantidade?

Dr. Leopoldo Pires: perfeito. Digamos que você entra na emergência com dor de cabeça o médico vai lá botar na receita e carimbar um dipirona para colocar na veia. Dipirona é um nome genérico, canabidiol é o nome genérico eu posso escrever tantos mg, sublingual, tantas gotas, tantas vezes ao dia então a função de um médico mesmo. Vamos para o sistema cardio tem um cardiologista, neuro tem um neurologista, para o sistema endocanabinoide tem o canabilologista eu vou estudar isso dentro do contexto clínico da pessoa e direcionar o tratamento em relação a escolha.


Diário da Feira: não é qualquer médico que passa para as pessoas?

Dr. Leopoldo Pires: é um ponto muito importante que na verdade é uma crítica minha à medicina tradicional uma vez que a gente entende que o sistema endocanabinoide ele está presente do cérebro até a pele passando por quase todos os órgãos do corpo isso significa que ele interage com um escâner do corpo ele detecta o que é que está em cima demais e leva para baixo e o que está embaixo leva pra cima é um sistema considerado o sistema do equilíbrio então meu extase todo profissional de toda especialidade pode aplicar de alguma forma a questão é descobrir como eu estou aqui inclusive para ensinar os profissionais como usar.


Diário da Feira: dentro disso aí nós temos vistos mais crianças com aspecto autista e é uma dificuldade muito grande para as mães, para os pais, a família em si quando tem uma criança autista em casa. Eu observando que as pessoas recorrem tratamentos, planos de saúde não querem atender as crianças autistas e esse tratamento com canabidiol é fantástico para não dizer que é milagroso, né doutor?

Dr. Leopoldo Pires: sou suspeito para falar, não vou usar milagroso porque o pessoal fala muito em cura e eu sempre falo tratamento, eu estou sempre bem pé no chão. O que eu faço na verdade envolve um profissionalismo.  Minha profissão realmente é meu dia a dia, mas ao mesmo tempo um chamado quase que espiritual, vamos dizer assim, materializada através dessa vontade de estar disseminando conhecimento e quebrando preconceito.

Como é um trabalho muito bonito a gente encara muita coisa de frente mesmo, mas a gente tem coletivo, a tropa é grande, é forte quem defende isso hoje em dia a gente não tem medo, a gente consegue ser abraçado pela sociedade não é arruaça, é informação científica, é coisa que o Google vai responder, não tô falando nada aleatório. Se a gente tirar a nossa saliva aqui dentro da sala de qualquer um a gente consegue tratar na genética esse sistema do endocanabinoide não é uma coisa mais teórica.

No caso do autismo específico que é que isso ajuda? Primeiro a sociedade não está preparado para neuro divergência, as crianças não tem acessibilidade, as terapias que tem que ter complementares, terapia aba, Fonoaudiologia, psicologia e as famílias também não, principalmente, mas quando a gente começa a usar o canabidiol nessas crianças a gente vê progressões significativas no desenvolvimento, no ganho de novas habilidades, na diminuição de crises, no mínimo uma melhora do sono, uma melhora da agitação, quando no mínimo ainda conseguir pelo menos viver sem os remédios pesados que está vivendo quando a gente consegue imaginar aí cada ganho desse como um degrau passado a gente traz isso que você falou qualidade de vida para as pessoas.

Então não tem muito, nem os colegas como você fala mais conservadores relutarem, porque os pacientes descobrem, os pacientes vão atrás e esse povo mesmo, a gente é do povo, eu sou de Feira, estou a vontade aqui porque aqui é minha terra, minha casa, aqui não é a hierarquia do médico pra pessoa, a gente tá só trocando conhecimento, informação.

Eu estou aqui modulando o sistema do edocanabinoide do ouvinte com umas palavras para começar abrir as portas para isso, começar a ouvir esse tratamento realmente uma nova perspectiva até a parte mais deturpada que o recreativo foi a última a ser descoberta, a última no lugar da descoberta da canabis. Antes disso era tratamento há 10.000 anos atrás nossos ancestrais lá estavam selecionando sem falar de molécula, era assim no cheiro.

Essa aqui tem cheiro de Manga tirou minha dor, OPA! Guardo essa, essa aqui tem cheiro de limão me deixou dormir melhor, seleciono. Igual fez com lobo ali para selecionar rottweiler, a gente fez um para planta.


Diário da Feira: gostaria que o senhor pudesse traduzir no linguajar popular.

Dr. Leopoldo Pires: é fácil, porque como eu tava falando é uma tecnologia ancestral, a gente já nasce com ela o sistema endocanabinoide a gente já nasce com isso, os mamíferos aí também, então todo animal está ali e tem uma interação em algum nível com a planta então por isso eu digo meu trabalho é difícil é árduo, mas ao mesmo tempo é simples a gente se aprofunda na ciência a gente consegue ensinar para os médicos mais conservadores, os profissionais de saúde que se negam a isso e a sociedade em geral que é uma aliada.

A planta ela não é boa e nem ruim em essência assim, é o que a pessoa faz com ela que pode determinar o resultado se é bom ou ruim. Inclusive de tratamento, se o profissional não souber inclusive guiar o tratamento, eu vi na modinha eu descobri que tá funcionando agora eu vou escrever também os laboratórios vão fazer apelo também, porque assim como tem a indústria vai ter desse lado aqui e se deturpar vai gerar descredibilidade.

Então estou aqui para ensinar, não é nem pra me colocar só como o professor, mas talvez o detentor de conhecimento que está sendo ignorado, os médicos no geral ignoram, falou que é placebo ou não vão atrás pra estudar e aí o paciente fica com aquela, pow mas o Google tá ali me falando que isso existe, que tem tratamento confirmado, eu vou ficar dependente da opinião do médico? Não.

Felizmente a nova geração está mudando e como você falou, por reconhecer reconhecer um dos expoentes da Bahia fazendo isso está aberto para ensinar essa galera no sentido de Oh! Você está esquecendo de estudar um sistema orgânico, é a ciência, é medicina, é sua obrigação. Não sou eu quem está inventando, tá lá no Google.


Diário da Feira: o custo para esse tratamento é alto, médio, baixo?

Dr. Leopoldo Pires: eu considero ele de médio para alto, ele tá mais ou menos na faixa mensal pra maioria dos pacientes entre 200 e 250 reais. Muita gente gasta isso com remédio nacional todo santo dia ou mais, mas eu ainda acho alto eu acho que varia muito com o dólar devido a ser importado. As formas de obtenção em farmácia de manipulação autorizada, ou seja, associação são pessoas que se uniram para ganhar na justiça o direito de cultivar e distribuir ou pelo que a Anvisa determina para importar ou seja em qualquer das vias também acessível.

Depende muito ainda de o médico conhecer, de o paciente ter acesso, conseguir pagar as taxas, os fretes, de manter o tratamento então se a gente plantasse aqui ou se distribui pelo SUS, por exemplo, aí nosso povo teria acesso de graça ou pelo menos barato, esse custo médio mensal seria 70 reais nas contas.


Diário da Feira: o aposentado está comprometido 40% do seu salário na pilha de remédio em cima da geladeira então, pelo que você citou o tratamento com canabidiol estão ao alcance de todos. Nesse caso aí dá para fazer um esforço e dá para todo mundo fazer o tratamento tranquilamente.

Dr. Leopoldo Pires: e a gente está aqui em feira e na Bahia tentando viabilizar cada vez mais formas de trazer associação de trazer remédios mais baratos porque querendo ou não é isso que determina quem tem acesso ou não. Quem não consegue de jeito nenhum, consegue comprovar assim que não pode pagar, tem muita associação no Brasil que pega o caso pro bono, assim assume os custos do tratamento do envio de tudo porque é meio que a noção geral também de quem tá em torno da causa que não pode ter visão mercadológica, a gente tem que se voluntariar a causa se dedicar como eu falei no meu caso específico é quase um chamado que eu vou de bom grado, mas todo mundo que vai se unir na causa vai perceber, se eu não faço isso perde o propósito porque quem sofreu com proibição com falta de informação ao longo do tempo, foi o povo.

Toda essa guerra às drogas não é de uma guerra às drogas nem a maconha em si, é uma guerra ao povo, é uma forma de deixar o povo isolado sem educação violentado em detrimento de uma classe mais rica poder dominar o mercado paralelo.


Diário da Feira: eu estou recebendo aqui uma mensagem de uma família de Jequié que vai fazer tratamento convencional em Salvador. Perguntou para o doutor com uso do cannabis existe uma melhora TDAH e em outras patologias de cunho psicológico?

Dr. Leopoldo Pires: você tá falando com alguém que tem TDAH, eu sou desde a infância aí o considerado entre os extremos do lerdo, do imperativo, aí em alguns momentos de hiper foco o gênio. Eu tenho TDAH desde a infância, foi tardiamente diagnosticado e eu sofri muito com alguns sintomas sem saber que era isso ou até mesmo sabendo suspeitando ouvindo falar não tem chegado o diagnóstico correto, agora me tratei querendo ou não nesse tempo em determinados sintomas com cannabis e aí canabinoide específicos para reduzir a ansiedade do TDAH que é muito grande, um TDAH só explicando aí pro leitor que não conhece, é o transtorno de déficit de atenção hiperatividade é um transtorno que mistura aquela coisa de não conseguir prestar atenção em nada, não conseguir focar em uma tarefa, uma atividade foco e clareza mental não existem ou hiperatividade mental que é o meu caso ou as 2 coisas é um misto um gera o outro.

No meu caso a hiperatividade mental é severa, sinistra mesmo por isso que eu tenho esse linguajar que é a forma que eu conecto uma ideia na outra mesmo, é a estratégia de sobrevivência. O que a canabis faz no meu caso específico, a minha dosagem, minhas proporções ali de cannabinoides, eu conheço uma que me traz foco, eu conheço uma que me relaxa, eu conheço uma que cala esse ruído mental e me permitir estudar por exemplo.

Então a gente tem para o TDAH ou autismo, inclusive muitas vezes vêm com o diagnóstico assim associado a um TDAH, a criança que tá no espectro autista geralmente ela tem também aí acaba ajudando as 2 coisas em conjunto.


Diário da Feira: como fazer pra a gente sair desse caminho farmacêutico e ir para a forma mais natural? O que é preciso fazer? Exame ou passa pelo senhor para que o senhor possa abrir as portas?

Dr. Leopoldo Pires: eu não sou contra a medicina tradicional não, eu já precisei, já usei e indico e sei que tudo ali tem tempo determinado e planejamento de uso. O problema quando vejo um paciente chegando pra mim usando Rivotril, meio mundo de ansiolítico, é a continuidade porque vai indo e aí aumenta a dose depois adicionar o outro e vai para a vida toda e a pessoa acaba não vendo que aquele problema de memória que ela tá é o remédio que tá causando, aquele problema de alucinação é o zolpidem que tá causando, aquele problema de noite ruim é porque ela depende do remédio pra dormir e apaga mal, então é uma série de efeitos colaterais que eles geram e que quando a gente olha para a canabis com uma ferramenta, como a substância assim como qualquer outro ela pode apresentar um grau de tolerância ou seja a mesma dose acaba não funcionando com o tempo, mas tem protocolo, tem acompanhamento profissional para isso então você procura um profissional que prescreve.

Não tem mistério é como usar qualquer outro remédio vai ter horário, vai ter a dose vai tomar ali esperar ter feito, a grande diferença é que ele é longo prazo, a grande diferença é que ele não tem overdose, como você tá falando, efeitos colaterais graves não tem registro só alergia em 0,000001%.


Diário da Feira: o efeito acontece quantos minutos, horas após o uso? Qual a quantidade por dia?

Dr. Leopoldo Pires: canabis ela é pessoa dependente, porque se eu tenho orelha e você tem uma orelha eu tenho nariz você tem um nariz eu tenho um sistema endocanabinoide e você tem o seu, então vai ocorrer diferente, mas eu na consulta consigo ler cada um de acordo com perfil de apresentação aí como você falou varia com sintomas ele é tarefa dependente ou seja tomar canabidiol e dormir é diferente de tomar canabidiol e trabalhar. Ele é dose dependente então tem uma dose que é mais analgésica, tem uma dose que é mais indutora do sono, tem uma dose que é mais relaxante pro humor.

Eu preciso tentar descobrir em cada pessoa o que funciona melhor para cada um e aí te digo mais canabidiol é meio que só o começo. Para dores, por exemplo, mais usado atualmente em consenso na ciência não é o canabidiol, é o vilão, é o Coringa da maconha. Vamos dizer assim o CBD é o mocinho o que não causa lombra e o que não deixa a tia da igreja aterrorizada é o que conseguem vir conversar comigo sobre e depois abrem o olho para ver que tratamento é a planta toda aí tem mais de 100 substâncias na planta o tal do THC tetrahidrocanabinol tem aqui no departamento de polícia técnica agora com certeza uma pressão que acontece a substância dentro daquilo que vem prensado no bloco que acham que a maconha que na verdade é um prensado matéria em decomposição com um pouquinho de THC que sobrou.

Ela é analgésica, esse que dá lombra, que dá larica no povo, que é usado no recreativo ele é um remédio também se for extrair da forma certa usado em dose correto, na proporção certa com os outros amigos ali contribuindo, agora a proibição joga uma cortina sobre isso e a gente fica sem saber, mas eu tô aqui pra resgatando isso aos poucos.

Qual é o tempo? depende de qual canabinoide tá sendo usado, em geral usou sublingual 30 minutos efeito, agora o melhor vai crescendo, usou um dia é um efeito mais sutil, primeira semana ainda pô não engatou, a segunda semana o sono já melhorou pra caramba, o humor terceira semana pouco mais relaxado, eu também tô melhor aí eu fui fazer exercício eu fiz minha parte eu fiz o dever de casa, eu tô comendo bem, as dores que vão começando a sumir você vai vendo um perfil de ampliação da visão sobre sua própria perspectiva de doença, não que alguém precise ser rotulado de doente para usar, mas se eu estou com dor porque não vou usar isso?

A minha nova perspectiva de dor é o que esse meu sistema poderoso quando é estimulado pela canabis comunica com o sistema de analgesia do corpo. Ele é por entidade anti-inflamatório quando você coloca ele para interagir com o corpo ele vai interagir similar a dipirona, ele reduz ali os fatores inflamatórios do inchaço, tanto é que existe até produto de pomada tópico tipo um canela de velho de CBD uma extração para passar em dor muscular, tem atleta que adora.

Tem atleta do UFC daqui de feira Virna que acabou de ganhar luta aí do UFC. Virna ama os produtos ali de CBD divulga todo dia.


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Por Diário da Feira
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