Publicada em 19/04/2023 ás 16:11:06
Com 23 anos de carreira como apresentadora de TV, Sonia Abrão passou por momentos marcantes e cita o caso Eloá, em 2008, como um dos mais dramáticos. No A Tarde É Sua, Sonia entrevistou ao vivo o sequestrador Lindemberg Fernandes Alves e a vítima Eloá Pimentel, três dias antes do desfecho trágico do crime. Na ocasião, Sonia foi acusada por parte dos telespectadores de sensacionalismo e de atrapalhar as negociações da polícia. "Sem dúvida foi o momento mais dramático da minha carreira! Fui a única pessoa com quem ela falou, ainda no cativeiro, três dias antes de ser morta. Fiquei muito tensa e emocionada", relembra ela, que não se arrepende do modo como cobriu o caso. "Faria tudo de novo", ressalta ela sobre o caso que virou tema do Linha Direta, com Pedro Bial. A jornalista, que tem a marca registrada em seu trabalho defender com veemência suas opiniões diante dos principais acontecimentos, assume que quando erra, não tem problema algum em reconhecer o erro e pedir desculpas sinceras. "Não tenho problema nenhum em me desculpar. Isto tanto na vida pessoal, quanto profissional. E faço de coração, nada a ver com o medo de ser cancelada, como acontece com muitos por aí", diz ela, que nunca sofreu ameaças de morte. "É comum acontecer com pessoas públicas, principalmente após o surgimento das redes sociais. Comigo não rolou, mas sou muito bem monitorada", explica.
Relembre o caso Eloá
O crime aconteceu em outubro de 2008. Lindemberg, com 22 anos na época, invadiu a casa da ex-namorada. Ela estudava com a amiga, Nayara Rodrigues da Silva, que foi solta no dia seguinte, mas, por orientação da polícia, voltou ao apartamento para ajudar nas negociações. O sequestro durou cinco dias até a invasão da polícia no apartamento. Nayara levou um tiro no rosto e saiu caminhando do local. Já Eloá foi baleada na cabeça e na virilha. Ela não resistiu aos ferimentos, e morreu no hospital no dia 18 de outubro. O caso repercutiu no exterior e foi amplamente noticiado pela TV no Brasil. Lindemberg, que não teve ferimentos, foi preso e condenado a mais de 98 anos de prisão. Em junho de 2013, o Tribunal de Justiça de São Paulo reduziu a pena para 39 anos.
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