Publicada em 15/04/2023 ás 18:40:43
Onze pessoas, incluindo um menino de dois anos, morreram na
sexta-feira (14) em um bombardeio do exército russo contra um prédio de
apartamentos da cidade de Sloviansk, no leste da Ucrânia, mostra um novo
balanço das autoridades ucranianas, divulgado neste sábado (15). "O número de vítimas do bombardeio aumentou para
onze", disse, na televisão, Veronika Bajal, porta-voz do serviço de
emergência da Ucrânia para a região leste de Donetsk. O saldo anterior era de
nove mortos e 21 feridos. Entre os mortos está um menino de dois anos que foi retirado
com vida dos escombros, mas morreu pouco depois, na ambulância, falou a
assessora do presidente Volodimir Zelensky, Daria Zarivna. Sloviansk está localizada na parte da região de Donetsk,
cidade que está sob controle ucraniano, 45 km a noroeste de Bakhmut, perto da
zona ocupada pela Rússia. Na sexta-feira, mesmo dia do ataque, o presidente russo,
Vladimir Putin, assinou um projeto de lei que vai facilitar o ingresso de
jovens no exército. Segundo a Ucrânia, a cidade foi atacada por sete mísseis,
que danificaram cinco prédios, cinco casas, uma escola e um prédio
administrativo. Zelensky acusou a Rússia de "bombardear brutalmente"
edifícios residenciais. A procuradoria de Donetsk anunciou o início de uma
investigação no âmbito de um processo-crime por violação das leis e costumes de
guerra, que começou há mais de treze meses, com a invasão russa. "De acordo com informações preliminares, os ocupantes
[russos] usaram um sistema de mísseis antiaéreos S-300 contra a população
civil", disse o procurador. Putin assinou uma nova lei na sexta-feira (14), tornando
mais fácil o ingresso de jovens russos no exército. Em setembro, ele ordenou a mobilização de 300 mil
reservistas, mas o processo foi lento e, muitas vezes, caótico. Agora, há o
receio de que esteja preparando outra estratégia para enfrentar uma possível
contra-ofensiva ucraniana. A nova lei autoriza a mobilização dos reservistas por via
eletrônica, por meio de um portal de serviços públicos ou, ainda por meio de
notificação entregue a terceiros. Até agora, ela tinha de ser feita
pessoalmente. O serviço de impostos, universidades e outros órgãos
públicos deverão fornecer as informações pessoais dos cidadãos 'mobilizáveis'.
Pela lei, a polícia terá o direito de processar quem se recusam a receber a
intimação, que pode até ser condenado à prisão. Além disso, a recusa em comparecer ao escritório de
recrutamento vai impedir o cidadão russo de trabalhar como autônomo ou ser
empresário, receber empréstimos, ter casa ou carro. Essas medidas afetam
igualmente as pessoas que fugiram do país e estão trabalhando remotamente. A mobilização anterior, em setembro de 2022, levou dezenas
de milhares de russos a fugirem para o exterior.
Por Diário da Feira via R7
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