Publicada em 02/09/2019 ás 09:12:42
Principal auxiliar de Tite na seleção brasileira, Cleber Xavier, 55, é escalado pelo técnico para estar em todas as entrevistas coletivas. Ouvir e responder perguntas de jornalistas têm incomodado o número 2, que vê grande parte da imprensa como rasa, pobre e que busca polêmica.
Ou é raso, ou é agressivo ou é irônico. Ou é programa de palhaçada", afirma à reportagem.
Invariavelmente, ele e Tite são questionados sobre Neymar, ex-capitão da seleção brasileira. A dupla nega que o atacante tenha privilégios.
"Não importa onde o Neymar vai jogar, o que ele faz fora de campo e o problema de indisciplina que ele teve no clube dele. Não precisamos responder 30 vezes que o Neymar é um dos melhores do mundo", diz.
Na seleção, Cleber é quase uma exceção quando o assunto é política. Quem convive com ele sabe de sua posição contrária ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), que foi recebido com festa pela maioria dos atletas campeões da Copa América e posou para foto com eles.
Tite e o auxiliar não aparecem na imagem. "Nem percebi que eu não estava na foto", afirmou. "Quem convida ele [Bolsonaro] para entrar lá é a direção da CBF". Parte da sua rotina é acompanhar o Tite na entrevista coletiva. Você gosta?
Cleber Xavier - É natural para mim, parece que estou conversando. É um pedido do Tite. Ele gosta de valorizar o grupo, é uma coisa dele, a gente acha legal. O que a gente não gosta é aquela coisa do enfrentamento, da pergunta agressiva. A gente é treinador, a gente gosta de falar de tática, de técnica. Sobre o jogo.
Mas que tipo de pergunta incomoda?
CX - Não é a pergunta, é a forma. A polêmica pela polêmica. A gente trata pouco do jogo. Tem surgido uma nova geração, com mais profundidade. Mas em grande pedaço, a imprensa é agressiva. Não se fala de ideias. Ou é raso, ou é agressivo ou é irônico.
Por Diário da Feira/NotÃcias ao Minuto
|
||||||||||
|
||||||||||
Leia Também |
||||||||||