Publicada em 03/07/2017 ás 18:23:37
Foi preso na tarde desta segunda-feira o ex-ministro Geddel Vieira Lima pela Polícia Federal, dentro da Operação Cui Bono. A decisão partiu do titular da 10ª Vara Federal de Brasília, o juiz Vallisney de Souza. A prisão é preventiva, ou seja não há prazo para a soltura. A ação teve base nos depoimentos do operador Lúcio Funaro e do empresário e delator Joesley Batista. O MPF divulgou a seguinte nota a respeito da prisão de Geddel: “Na petição apresentada à justiça, foram citadas mensagens enviadas recentemente (entre os meses de maio e junho) por Geddel à esposa de Lúcio Funaro. Para provar, tanto a existência desses contatos quanto a afirmação de que a iniciativa partiu do político, Funaro entregou à polícia cópias de diversas telas do aplicativo. Nas mensagens, o ex-ministro, identificado pelo codinome “carainho”, sonda a mulher do doleiro sobre a disposição dele em se tornar um colaborador do MPF. Para os investigadores, os novos elementos deixam claro que Geddel continua agindo para obstruir a apuração dos crimes e ainda reforçam o perfil de alguém que reitera na prática criminosa. Por isso, eles pediram a prisão “ como medida cautelar de proteção da ordem pública e da ordem econômica contra novos crimes em série que possam ser executados pelo investigado”. Passam a ser cinco os presos preventivos no âmbito das investigações da Operação Sépsis Cui Bono. Já estão detidos os ex-presidentes da câmara, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, o doleiro Lúcio Funaro e André Luiz de Souza, todos apontados como integrantes da organização criminosa que agiu dentro da Caixa Econômica Federal.
Por Vitória Maria/Estadão
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