Uma investigação da Polícia Civil da Bahia (PC-BA) revelou um esquema fraudulento que utilizava carimbos médicos para falsificar receitas e laudos, permitindo que usuários acessassem ilegalmente substâncias derivadas de canabinoides, como a chamada ‘maconha líquida’.
Durante buscas realizadas no Corredor da Vitória, em Salvador, a polícia encontrou carimbos médicos e outros indícios que apontam para a falsificação de diagnósticos e prescrições. Segundo uma fonte policial, que teve sua identidade preservada, os elementos levantados na investigação sugerem que os envolvidos diagnosticavam patologias e prescreviam substâncias sem qualquer respaldo profissional.
O caso levou à prisão de Rafael Gomes, suspeito de falsidade ideológica e falsificação de documentos. Ele é apontado como uma peça-chave do esquema e possui ligações com a Associação de Apoio ao Tratamento com Canabinoides (AATAMED), entidade que também está sob investigação.
As apurações revelaram que Rafael Gomes não era o verdadeiro presidente da AATAMED, apesar de se apresentar como tal. Na realidade, ele ocupava o cargo de secretário, uma posição estratégica dentro da organização. A investigação indica que ele foi colocado na função de “presidente-social” por outro investigado, que preferiu manter-se nos bastidores para ocultar sua participação direta no esquema ilegal.
A Polícia Civil deflagrou a Operação Salvo Conduto por meio do Departamento Especializado de Repressão ao Narcotráfico (Denarc). Três pessoas já foram presas no âmbito da investigação, incluindo Rafael Gomes.
Ainda não há confirmação se os médicos cujos carimbos foram utilizados tinham conhecimento da fraude ou se também foram vítimas do esquema. As autoridades continuam investigando para esclarecer a extensão do envolvimento dos profissionais de saúde.
Os suspeitos permanecem à disposição da Justiça enquanto a investigação prossegue para desmantelar toda a rede criminosa envolvida no caso.
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