A França enfrentou um dia de paralisações e protestos nesta quarta-feira (10), um dia após a nomeação de Sébastien Lecornu como novo primeiro-ministro. O movimento, que ganhou força nas redes sociais sob o lema “Vamos bloquear tudo”, fechou ruas, estradas e causou confrontos em diversas cidades.
Lecornu, que ocupava o cargo de ministro da Defesa no governo de Emmanuel Macron, foi escolhido às pressas depois que seu antecessor deixou o posto ao perder uma moção de desconfiança no Parlamento.
Em Paris e Toulouse, manifestantes incendiaram ônibus, lixeiras e até um restaurante na capital. O governo mobilizou cerca de 80 mil policiais para conter a mobilização, que, segundo estimativas oficiais, reuniu 175 mil pessoas. Já a Confederação Geral do Trabalho, tradicional central sindical francesa, falou em 250 mil manifestantes.
Mesmo em meio ao cenário de tensão, Lecornu tomou posse nesta quarta. Ele terá como primeiro grande desafio viabilizar a aprovação do Orçamento até o início de outubro, depois da rejeição pelo Parlamento.
A escolha do novo premiê também provocou forte reação política. Macron poderia ter indicado um nome ligado à coalizão de centro-esquerda e esquerda, vencedora das últimas eleições, mas sem maioria para governar. A decisão de manter um aliado próximo gerou insatisfação e aumentou a crise de confiança entre o governo e a oposição.
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