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ONU/Israel

ONU e Papa condenam ataque de Israel no Catar como violação de soberania

Reações internacionais criticam ataque de Israel em Doha

09/09/2025 12h57Atualizado há 8 horas
Por: Diário da Feira
Fonte: G1 Mundo
Foto: Ibraheem Abu Mustafa/ Reuters
Foto: Ibraheem Abu Mustafa/ Reuters

O ataque realizado por Israel contra líderes do grupo Hamas no Catar nesta terça-feira (9) foi classificado como uma "violação flagrante da soberania territorial" pelo diretor-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres. Em declarações oficiais, Guterres enfatizou que todas as partes envolvidas devem priorizar o cessar-fogo na guerra em Gaza, em vez de intensificar os conflitos.

O papa Leão XIV também se manifestou sobre a ofensiva israelense, descrevendo o ataque como uma situação "muito séria". Foi uma das primeiras vezes que o pontífice reagiu de forma tão rápida a ações militares entre Israel e Hamas, tradicionalmente mantendo um tom mais diplomático.

De acordo com o Exército israelense, a operação teve como alvo membros da alta cúpula do Hamas em Doha, capital do Catar, utilizando armas de alta precisão. O ataque foi conduzido pelo Shin Bet, agência de inteligência israelense, em parceria com a Força Aérea do país.

Em resposta, o governo do Catar anunciou a suspensão de seu papel nas negociações de paz entre Israel e Hamas, onde atuava como mediador, junto com os Estados Unidos e o Egito. Diversos países criticaram a ofensiva: o Egito manifestou preocupação, enquanto a Arábia Saudita classificou o ataque como "brutal", alertando sobre possíveis consequências graves. Irã, Emirados Árabes Unidos e Turquia também condenaram a ação, destacando a violação das leis internacionais e acusando Israel de adotar o terrorismo como política de Estado.

Segundo a imprensa israelense, Khalil Al-Hayya, principal negociador de paz do Hamas, estava entre os alvos. No entanto, fontes do próprio grupo afirmaram que a delegação presente em Doha não foi atingida. Israel informou que notificou previamente os Estados Unidos sobre a operação, que teria recebido autorização. Apesar disso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu assumiu total responsabilidade pelo ataque.

O episódio gerou tensão na capital catariana, onde vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram explosões e densa fumaça. Doha já havia servido como base de membros do Hamas e como centro de negociações de paz, mas ataques israelenses no território catariano eram incomuns.

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