A China realizou nesta quarta-feira (3) o maior desfile militar de sua história, ao lado de aliados estratégicos, como Rússia e Coreia do Norte, exibindo novos armamentos, incluindo mísseis de longo alcance e armas hipersônicas. O objetivo declarado do país é reforçar sua posição no cenário global e enviar mensagens claras aos Estados Unidos e a países vizinhos como Índia e Paquistão.
O presidente chinês, Xi Jinping, participou do evento ao lado de Vladimir Putin e Kim Jong-un na Praça da Paz Celestial, em Pequim. O desfile ocorreu em comemoração aos 80 anos da derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, mas também serviu como demonstração de força militar e unidade entre os três países.
Em Washington, o presidente Donald Trump elogiou o evento, mas acusou Xi, Putin e Kim de promoverem uma “conspiração” contra os EUA. Na União Europeia, a chefe da diplomacia, Kaja Kallas, classificou o encontro como um “desafio direto à ordem internacional”, alertando para sinais antiocidentais.
O desfile marcou a primeira vez que a China apresentou sua tríade nuclear completa — mísseis implantáveis por terra, mar e ar. Entre os destaques estão o DF-5C, com alcance de 20.000 km, e o DF-61, um novo míssil de longo alcance móvel. Além disso, tanques, drones marítimos e mísseis hipersônicos reforçaram a demonstração de poder militar.
Especialistas afirmam que a combinação de tecnologias estratégicas e capacidades militares regionais permite à China controlar áreas-chave no Leste Asiático e enviar uma mensagem de que pretende atuar como uma potência global independente, capaz de influenciar a geopolítica mundial.
Em seu pronunciamento, Xi destacou que o mundo enfrenta uma escolha entre paz ou guerra, diálogo ou confronto, e reafirmou que o povo chinês permanece do “lado certo da história”. O evento contou com a presença de mais de 50 mil espectadores, incluindo chefes de Estado e representantes internacionais, consolidando a demonstração de força e coesão militar do país.
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