O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) precisou de atendimento médico na noite da última segunda-feira (4), após ser informado da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impôs prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo apuração da Folha de S. Paulo, o parlamentar foi atendido por um cardiologista em um hospital na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Carlos, que mantém intensa atividade nas redes sociais, ainda não se pronunciou sobre o caso. Suas postagens mais recentes foram feitas antes da decisão do ministro Alexandre de Moraes e incluem um vídeo em que o pai aparece rezando com familiares, acompanhado da legenda: "O Ocidente desmorona sem Deus".
Enquanto Carlos permaneceu em silêncio, seus irmãos — Flávio, Eduardo e Jair Renan Bolsonaro — se manifestaram publicamente. Todos criticaram a decisão do STF e expressaram apoio ao ex-presidente. No domingo anterior à decisão, Carlos participou de um ato em apoio ao pai em Florianópolis (SC), onde também articula uma possível candidatura ao Senado Federal nas eleições de 2026.
A medida de prisão domiciliar foi determinada por Alexandre de Moraes sob a justificativa de que Bolsonaro teria violado restrições impostas anteriormente, especialmente a proibição de uso de redes sociais. De acordo com o ministro, o ex-presidente utilizou perfis de terceiros para se comunicar publicamente, o que configuraria uma tentativa de burlar a decisão judicial.
A defesa de Jair Bolsonaro, no entanto, nega qualquer descumprimento e afirma que sua presença no ato político na Avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo, não pode ser entendida como violação de medida cautelar. Os advogados também destacam que o ex-presidente não realizou publicações por meios próprios.
O episódio marca mais um capítulo da tensão entre Bolsonaro e o STF, em um momento de forte mobilização política e jurídica envolvendo o ex-chefe do Executivo.
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