O Palmeiras está em um buraco menor do que na Copa do Brasil, mas assim como na última semana precisará fazer (bem) mais na decisão com o Botafogo pela Conmebol Libertadores.
A derrota por 2 a 1 no Nilton Santos faz com que o Verdão precise vencer por um gol de diferença quarta que vem no Allianz Parque para levar a decisão para os pênaltis. Triunfo por dois ou mais gols de vantagem dão a vaga direta.
Depois de uma sequência de dois jogos com o Flamengo em que teve desempenho encorajador, apesar da eliminação na Copa do Brasil, o Palmeiras voltou a mostrar problemas em um mata-mata na noite passada.
Abel Ferreira repetiu o esquema com três zagueiros e optou por ter Raphael Veiga novamente como segundo volante, com Maurício na meia e Rony e Flaco López no ataque. Zé Rafael, Felipe Anderson ficaram no banco de reservas.
Com a bola, o Verdão não teve velocidade para incomodar o Botafogo com frequência. A tentativa era buscar lançamentos para Flaco López e Rony, mas os dois tinham dificuldades para dar sequência às jogadas.
E ao defender, os encaixes individuais geraram lances de mano a mano especialmente de Luiz Henrique em Murilo. O botafoguense levou a melhor na maior parte dos embates com o zagueiro.
Ainda que não fosse tão direto quanto no encontro entre os times no Brasileirão, o Botafogo incomodou muito o Palmeiras atacando em profundidade a linha de defesa alviverde.
Com apenas Aníbal Moreno tendo mais pegada à frente da defesa, a equipe de Abel dava espaço para o time da casa buscar as costas da marcação. Vieram assim os gols de Luiz Henrique e Igor Jesus.
O gol do Palmeiras veio de uma pressão de Rony no goleiro, e a sequência de uma jogada trabalhada até a finalização de Maurício. A única chance realmente clara na primeira etapa.
Na volta do intervalo, Abel tirou Rony, que teve dificuldades no primeiro tempo, mas a entrada de Lázaro não deu mais perigo ao time.
Aos dez minutos da etapa final, mais duas trocas: Felipe Anderson e Estêvão entraram nos lugares de Maurício e Flaco López.
Ter o camisa 41 de volta é um alento, mas o Palmeiras o utilizou menos do que deveria no jogo. E sem presença de área, nas jogadas em que contou com ele, não tinha quem aproveitasse cruzamentos.
Com um segundo tempo mais travado, o Verdão ainda flertou com o 3 a 1 no lance em que Gustavo Gómez estava sozinho e mandou para escanteio no último lance. Por pouco, o capitão não termina outro mata-mata entregando um gol que colocaria a equipe em um buraco grande.
Para o segundo jogo, Estêvão deve ser titular, o que é uma grande ajuda, já que ele é o atleta mais perigoso da equipe.
Mas, no momento mais decisivo da temporada, a equipe tem mostrado uma dificuldade para encontrar as melhores rotas de ataque. A torcida vai empurrar no Allianz Parque, e o Palmeiras provavelmente tentará abafar, como fez no jogo de volta com o Flamengo.
Só que a equipe de Abel Ferreira terá de competir mais e jogar mais. Apesar de vivo, o time mais uma vez abre um mata-mata fazendo menos do que pode.
Sensação
Vento
Umidade