O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, revelou nesta segunda-feira (7), durante visita a Washington, que pretende indicar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Prêmio Nobel da Paz. O anúncio foi feito no primeiro encontro entre os dois desde que os EUA e Israel realizaram ataques contra o Irã.
Durante o encontro, Netanyahu entregou a Trump uma carta que recomenda formalmente sua indicação ao comitê do Nobel da Paz. Segundo Netanyahu, Trump “está construindo a paz em uma região após a outra”. Ele citou o recente acordo de paz na África entre a República Democrática do Congo e Ruanda, intermediado pelo presidente americano.
Trump, por sua vez, já manifestou diversas vezes seu desejo de receber o Nobel da Paz, embora nunca tenha sido agraciado. Ele criticou o fato de Barack Obama ter ganhado o prêmio em 2009, enquanto ele mesmo, apesar das indicações, não foi contemplado.
O presidente americano é uma figura controversa, conhecido por uma retórica forte e políticas polarizadoras, o que levanta dúvidas sobre sua elegibilidade para o prêmio, tradicionalmente concedido a figuras pacificadoras como Martin Luther King Jr., Madre Teresa e Nelson Mandela.
Apesar disso, alguns especialistas reconhecem que a busca de Trump pelo prêmio pode motivá-lo a agir em prol da paz em diferentes conflitos globais. Rahm Emanuel, ex-chefe de gabinete de Obama, afirmou que a vaidade de Trump pode ser uma oportunidade para resolver conflitos. Evelyn Farkas, especialista em defesa e direitos humanos, ressaltou que Trump poderia ser digno do Nobel caso conseguisse promover uma paz duradoura e segura, especialmente na Ucrânia.
O Nobel da Paz é concedido a quem contribui significativamente para a fraternidade entre as nações, redução de exércitos permanentes ou promoção de congressos de paz. Vários presidentes americanos já receberam o prêmio, entre eles Theodore Roosevelt, Woodrow Wilson e Jimmy Carter.
Trump já foi indicado anteriormente por sua mediação nos Acordos de Abraão, que normalizaram relações entre Israel e vários países árabes, considerado o principal legado de sua política externa na primeira gestão. Ele também teve indicações por negociações com a Coreia do Norte e esforços para normalizar relações entre Kosovo e Sérvia.
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