Putin assina lei para recrutar estrangeiros no Exército russo durante conflito na Ucrânia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, sancionou nesta segunda-feira (7) uma lei que permite a contratação de soldados estrangeiros para o Exército russo. A medida visa recompor as tropas russas, que enfrentam escassez diante do prolongado conflito na Ucrânia.

De acordo com a nova legislação, pessoas sem cidadania russa poderão assinar contratos temporários para servir nas Forças Armadas da Rússia durante o período de mobilização em vigor, a revogação da lei marcial ou até o fim da guerra, que completou três anos em fevereiro.

A agência estatal Tass informou que a aprovação da lei foi acelerada para permitir “medidas adicionais urgentes” que reforcem o efetivo militar russo, confirmando relatórios que apontam para a dificuldade de reposição de soldados no front ucraniano.

Na prática, a iniciativa amplia a participação de mercenários estrangeiros, incluindo chineses, no conflito. Fontes de inteligência dos Estados Unidos indicam que mais de cem cidadãos chineses já atuam ao lado das tropas russas, embora sem vínculo oficial com o governo da China. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chegou a mencionar a presença de 155 combatentes chineses do lado russo.

Além disso, a Coreia do Norte tem enviado milhares de soldados para reforçar o exército russo, e a Coreia do Sul informou recentemente sobre a expectativa de uma nova remessa de soldados norte-coreanos para os próximos meses.

Vale destacar que a Ucrânia também recruta estrangeiros para integrar suas forças, inclusive divulgando mensagens em português para atrair voluntários estrangeiros interessados em lutar contra a invasão.