O Ministério Público da Bahia revelou que Joneuma Silva Neres, ex-diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, lucrou cerca de R$ 1,5 milhão ao facilitar a fuga de detentos ligados à facção Primeiro Comando de Eunápolis (PCE), hoje incorporada ao Comando Vermelho (CV). O valor teria sido pago ao longo de seis meses, entre sua nomeação em março e a exoneração em dezembro de 2024.
Segundo a denúncia, Joneuma mantinha um relacionamento com o líder da facção e atuou diretamente no planejamento da fuga, que incluiu a concentração dos principais detentos em duas celas específicas. Para viabilizar a ação, ela chegou a fornecer uma furadeira usada na escavação de um buraco que deu acesso à parte externa do presídio.
Além do envolvimento no plano de fuga, a ex-diretora utilizou influência política para demitir servidores que se opunham às irregularidades, substituindo-os por pessoas de sua confiança, incluindo sua irmã. Pelo menos cinco funcionários foram afastados nesse processo.
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