Lula lança Programa Solo Vivo para recuperar solos de agricultores familiares no Mato Grosso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou neste sábado (24) o lançamento do Programa Solo Vivo, iniciativa que visa recuperar solos degradados em propriedades de agricultores familiares no Mato Grosso. Com um investimento inicial de R$ 43 milhões, o programa foi apresentado no assentamento Santo Antônio da Fartura, em Campo Verde (MT).

Além do lançamento do programa, Lula entregou máquinas agrícolas, concedeu 78 títulos de domínio para assentamentos da região e anunciou um aporte de R$ 5 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a pavimentação da rodovia BR-163, que liga Tenente Portela (RS) a Santarém (PA). Para o presidente, a iniciativa simboliza “um novo começo” para o país, ressaltando o volume de investimentos destinados aos estados.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, ressaltou que o Solo Vivo beneficiará diretamente os agricultores da região, facilitando o acesso a alimentos mais baratos e frescos para a população. "Fortalecer a agricultura familiar é garantir frutas, verduras e legumes acessíveis para alimentar melhor o Brasil", afirmou.

Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, destacou que o programa é essencial para a produção sustentável de alimentos, ao preparar o solo para o plantio com tecnologias adaptadas ao pequeno produtor, em parceria com a Embrapa e o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT).

Inicialmente, o programa atenderá dez assentamentos em municípios como Alto Araguaia, Poconé, Rosário Oeste, Barra do Bugres, São Félix do Araguaia, Matupá, Juína, Pontes e Lacerda e São José dos Quatro Marcos. A recuperação do solo começa pela análise detalhada das propriedades, preparando-as para o cultivo sustentável.

Além das ações no campo, Lula criticou o alto preço do botijão de gás e anunciou que o governo federal prepara uma medida para reduzir os custos do produto para cerca de 22 milhões de famílias beneficiárias do CadÚnico. Segundo ele, a diferença entre o preço cobrado pela Petrobras e o valor final ao consumidor é excessiva. “Vamos garantir que o gás chegue mais barato para quem precisa,” garantiu.

O presidente também voltou a defender a regulamentação das redes sociais para combater abusos e ofensas online, propondo um debate com o Congresso sobre a responsabilidade das empresas de aplicativos no país.