Tensão aumenta na Caxemira entre Índia e Paquistão, que conta com apoio chinês

A região da Caxemira voltou a ser palco de confrontos entre Índia e Paquistão, reacendendo um conflito histórico entre os dois países, ambos com capacidade nuclear. Os recentes ataques de ambos os lados elevaram a tensão na fronteira disputada.

Na última terça-feira (6), forças indianas lançaram um bombardeio contra o lado paquistanês da Caxemira, alegando alvejar grupos militantes envolvidos em um atentado ocorrido em abril no território indiano. O ataque deixou 26 mortos. Em resposta, o Paquistão retaliou na quarta-feira (7), com uma ofensiva que resultou em 12 mortes.

Apesar de a Índia possuir uma força militar amplamente superior — com um orçamento de defesa de US$ 74,4 bilhões em 2024 e um efetivo de cerca de 1,5 milhão de soldados — o Paquistão conta com um importante trunfo estratégico: sua aliança com a China.

Os laços entre Islamabad e Pequim são especialmente fortes no setor de defesa. Ambos cooperam no desenvolvimento de equipamentos militares, como o caça JF-17 Thunder, utilizado amplamente pelas Forças Armadas do Paquistão. Além disso, o país sul-asiático também opera submarinos, sistemas de defesa aérea e outros armamentos fornecidos por sua parceira chinesa.

Enquanto o Paquistão investiu cerca de US$ 8,4 bilhões em defesa neste ano e mantém um efetivo de 660 mil militares, a parceria com a China tem servido como contrapeso diante da disparidade em poder militar direto frente à Índia.

A escalada atual gera preocupações internacionais, dado o histórico de confrontos e a presença de armas nucleares dos dois lados. A comunidade internacional acompanha os desdobramentos com atenção redobrada, temendo um agravamento do conflito.