IDOR: ciência brasileira com impacto global

O Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) é uma das instituições que mais se destacam na produção científica voltada para a saúde no Brasil. Criado em 2010 e mantido pela Rede D’Or — a maior rede hospitalar privada da América Latina — o IDOR é uma organização sem fins lucrativos que vem revolucionando a medicina por meio de pesquisas avançadas e parcerias estratégicas, tanto no Brasil quanto no exterior.

Apoiando-se na iniciativa Ciência Pioneira, o instituto concentra esforços em resolver os principais desafios da saúde contemporânea. Sua equipe é formada por mais de 100 pesquisadores, incluindo especialistas reconhecidos globalmente nas áreas de neurociência, oncologia e terapia intensiva.

O IDOR colabora com instituições brasileiras como a Fiocruz, UFRJ, USP e UFMG, além de integrar uma rede de cooperação científica que se estende por mais de 80 países. Esse trabalho conjunto já resultou em mais de 2.300 publicações em revistas científicas de renome internacional, com mais de 62 mil citações. O instituto possui um índice FWCI (Field-Weighted Citation Impact) de 2,11 — número comparável ao de universidades como Harvard e Stanford.

Ciência aplicada à prática clínica

Graças à sua integração com a Rede D’Or, o IDOR tem acesso a uma vasta rede hospitalar com mais de 70 unidades espalhadas por 14 estados. Essa estrutura permite o desenvolvimento ágil de pesquisas clínicas e translacionais — aquelas que transformam descobertas científicas em tratamentos aplicáveis no dia a dia.

Essa sinergia se mostrou essencial durante crises de saúde, como a epidemia do vírus Zika e a pandemia de Covid-19. O IDOR teve papel ativo na compreensão das consequências neurológicas do Zika e liderou estudos fundamentais relacionados à Covid-19, sempre com foco em respostas rápidas e baseadas em evidências.

Avanços recentes e inovação genética

Nos últimos cinco anos, o instituto realizou mais de 2 mil estudos de viabilidade, finalizou 150 pesquisas e mantém mais de 220 em andamento. Entre os projetos mais inovadores estão dois que receberam apoio da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Um deles busca identificar biomarcadores para diagnóstico e previsão da Doença de Alzheimer, especialmente em idosos brasileiros. O outro, liderado por Bruno Solano, desenvolve uma plataforma de edição gênica com a tecnologia CRISPR/Cas9, focada no tratamento da Doença de Alzheimer e da anemia falciforme.

Com parcerias internacionais, como o Innovative Genomics Institute (EUA), o IDOR está criando métodos de entrega mais acessíveis para a edição genética, utilizando peptídeos em vez de vetores caros, o que pode baratear e democratizar esses tratamentos no futuro.

Além disso, há estudos que investigam o uso da proteína irisina, associada ao exercício físico, como tratamento neuroprotetor para o Alzheimer. A ideia é estimular sua produção via edição genética ou aplicá-la diretamente em células cerebrais afetadas, de forma não invasiva.

Financiamento, parcerias, educação e formação científica

Além da FINEP, o IDOR recebe financiamento de agências como Faperj, Fapesp, CNPq e Capes, além de instituições internacionais como a Fundação Bill & Melinda Gates, Wellcome Trust e Okinawa Institute of Science and Technology. Esse apoio tem sido fundamental para manter o padrão de excelência das pesquisas conduzidas pelo instituto.

O IDOR também investe na formação de profissionais por meio da Faculdade IDOR, fundada em 2017. A instituição oferece cursos de graduação em áreas como Enfermagem, Psicologia e Radiologia, além de programas de mestrado, doutorado, pós-graduação, residência médica e multiprofissional.

Iniciativas como o “Férias com Ciência” permitem que estudantes universitários de todo o Brasil e do exterior tenham contato direto com a rotina de pesquisas do instituto. Já o “IDOR Day” e o “Tour da Ciência” recebem alunos do ensino médio, incentivando desde cedo o interesse pela ciência.

O IDOR se destaca não apenas pelos avanços científicos, mas também por sua missão de transformar o futuro da saúde com base no conhecimento, inovação e colaboração. Ao integrar pesquisa, ensino e prática clínica, a instituição coloca o Brasil em posição de destaque no cenário científico internacional e contribui significativamente para uma medicina mais acessível, eficiente e centrada no paciente.