A Universidade Federal da Bahia (Ufba) divulgou um alerta sobre a gravidade da situação financeira enfrentada pela instituição neste início de ano. Segundo nota oficial, os recursos liberados pelo Governo Federal, com base na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, são insuficientes para cobrir as despesas básicas da universidade, o que já tem provocado impactos diretos em serviços essenciais e na assistência estudantil.
Com a LOA sancionada no último dia 11 de abril, a Ufba recebeu apenas uma fração do valor necessário para manter suas atividades. Até o mês de maio, apenas 27,8% do orçamento total foi liberado — redução significativa em relação aos 33,3% que haviam sido recebidos anteriormente para o primeiro quadrimestre. Essa limitação orçamentária, agravada pelo Decreto Nº 12.416, impede a realização de novas despesas até o fim de maio.
A universidade explicou que está priorizando o pagamento de bolsas, auxílios e demais ações de apoio aos estudantes em situação de vulnerabilidade. Ainda assim, dificuldades têm surgido. O Restaurante Universitário (RU) do campus de Ondina, por exemplo, precisou suspender temporariamente suas atividades por falta de repasse, sendo reaberto apenas após a regularização do pagamento.
Outro episódio preocupante envolveu a interdição dos bebedouros da Escola Politécnica da Ufba, após análise constatar contaminação da água por coliformes fecais. A universidade reforçou o compromisso com a qualidade dos serviços, mas salientou que a manutenção adequada depende da regularidade no financiamento.
Enquanto aguarda a definição dos limites de empenho — que pode ocorrer até 30 dias após a sanção da LOA — a administração universitária diz estar fazendo “todo o esforço possível” para evitar a paralisação de contratos e serviços. Representantes da Ufba, assim como de outras instituições federais, têm pressionado por complementações orçamentárias e maior previsibilidade nos repasses.
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