Diario da feira | A verdadeira noticia

Bahia não dá sinais de evolução, mas triunfo é importante para respirar


Publicada em 31/01/2018 ás 19:34:51
Wenner Tito
Assistir ao Bahia no triunfo sobre o Altos-PI por 2 a 0, na noite da última terça, foi algo como estar de bobeira na frente da TV acompanhando aquele filme repetido no meio da tarde. Uma equipe pobre na organização ofensiva, sem mecanismos para quebrar o sistema de marcação do adversário – quase nada de tabelas, ultrapassagens, infiltrações. Em que pese a parte física e a falta de entrosamento comuns ao início de temporada, e isso precisa ser levado em conta na hora de fazer a análise, a sensação é de que, passados cinco jogos, o time não evolui coletivamente. Individualmente a coisa não muda de figura: os jogadores do Bahia estão, de maneira geral, abaixo do esperado tecnicamente.
Pressionado por um início de temporada ruim, Guto fez escolhas que não surtiram efeito. Montou a equipe em um sistema 4-1-4-1, com Gregore entre as linhas, Vinícius e Elton trabalhando por dentro, e inverteu os pontas: Zé Rafael atuou aberto pela esquerda, Élber pela direita. Zé até se movimentou, buscou o jogo, porém o camisa 7, ex-Cruzeiro, parece ter sentido a mudança e errou tudo que tentou.
 
Mas nenhuma escolha se mostrou tão equivocada quanto a escalação de Mena improvisado na lateral direita. Sem Nino e João Pedro, machucados, o treinador tinha o jovem João Pedro Ribeiro, da base, jogador da posição, mas preferiu escalar o chileno por ali. Completamente torto, evitando usar a perna direita, o jogador, além de nulo ofensivamente, quase complicou a equipe na defesa em algumas oportunidades, sendo que uma delas quase resultou em gol.
 
Para tentar melhorar o rendimento do Tricolor, Guto Ferreira sacou Élber e mandou a campo Kayke no segundo tempo. Edigar Junio, que desde o fim do ano passado atua como centroavante, foi deslocado para a ponta direita. As melhores chances de gol, no entanto, saíram em arremates de longa distância, como o de Gregore que exigiu boa defesa de Gideão. Quando percebeu que poderia sair de campo com um resultado positivo, o Altos se assanhou e, em duas oportunidades, por pouco não marcou.
 
Foi justamente quando o time piauiense era melhor que o Bahia chegou ao gol, em contra-ataque puxado por Kayke, que marcou pela primeira vez com a camisa tricolor. O gol foi um suspiro de alívio para Guto Ferreira e sua equipe, que passou a administrar a partida, cada vez mais morna com o avançar do relógio. Em boa descida de Léo, um dos poucos destaques ao campo, o Tricolor deu o tiro de misericórdia com Zé Rafael, que marcou um bonito gol.
 
A despeito da atuação ruim, o triunfo é importante para que o Bahia respire. O resultado, além de ser decisivo pensando na classificação para a fase de mata-mata da Copa do Nordeste, é fundamental para dar um mínimo de tranquilidade para que Guto Ferreira trabalhe sem atropelar o planejamento pela necessidade de vencer para manter seu cargo, algo comum no país onde se troca treinador como se troca de roupa.

 

Por Diário da Feira / Globo Esporte
Related Posts with Thumbnails

Leia Também

asdasd
Destaques  |  Feira de Santana  |  Bahia  |  Brasil  |  Mundo  |  Esporte  |  Polícia  |  Política  |  Diversão e Cultura |  Eventos
Programa Diário da Feira - Todos os direitos reservados.
Política de Privacidade. Feira de Santana-BA
Telefone: 75.3483-7171 / 98868-7574 / 99122-7180 / 99962-8037 / 98121-6803