O senador licenciado Walter Pinheiro (sem partido-BA) pediu exoneração do cargo de secretário de Educação da Bahia. A decisão, acatada pelo governador Rui Costa (PT), foi publicada na edição do Diário Oficial desta terça-feira (17).

Fontes ligadas ao governo informaram ao G1 que a exoneração é temporária e que Pinheiro deve retomar o cargo logo após a votação que pode decidir pela manutenção ou revogação do afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato parlamentar, como também sobre a possibilidade de que o tucano saia de casa à noite.

Com a exoneração de Pinheiro, assume a chefia da secretaria, temporariamente, Isabella Paim de Andrade, que é chefe de gabinete da pasta.

O G1 não conseguiu contato com Pinheiro. Entretanto, a assessoria dele em Brasília confirmou que o senador chega à capital federal ainda na manhã desta terça-feira.

Pinheiro assumiu a Secretaria de Educação da Bahia em junho de 2016. Desde então, a cadeira dele no Senado é ocupada por Roberto Muniz (PP-BA).

Desfiliação

Walter Pinheiro foi filiado ao PT por 33 anos, mas deixou a sigla em março de 2016 antes da votação, pelo Senado, da abertura do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Ainda assim, Pinheiro votou contra a abertura do processo.

À época em que decidiu deixar o PT, Pinheiro teceu críticas à condução do governo pela presidente afastada Dilma Rousseff. Ele disse que tinha dificuldades para dialogar com o Planalto.

Nos últimos meses como senador, Walter Pinheiro defendeu a realização de novas eleições presidenciais.

Votação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a votação prevista para esta terça-feira para analisar a eventual revogação do afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato parlamentar ocorra por meio de voto aberto e nominal.

O magistrado concedeu uma liminar (decisão provisória) acolhendo um mandado de segurança apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues(Rede-AP).