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Universidades federais baianas podem ser comprometidas por falta de repasses


Publicada em 18/08/2017 ás 14:22:41

 O contingenciamento dos recursos estabelecidos pela Lei Orçamentária Anual (LOA) poderá comprometer o funcionamento das instituições federais baianas. A situação foi relatada por todas as universidades federais que possuem campus no estado. O limite de custeio, que é utilizado para a manutenção das instituições, foi liberado em 75% do total previsto para 2017 para todas as universidades brasileiras. Já o limite de capital, utilizado para adquirir equipamentos e fazer investimentos, foi liberado em 45%.

De acordo com a Universidade Federal da Bahia (Ufba), a liberação integral de todos os limites aprovados na LOA é imprescindível para o funcionamento e atividades da instituição em 2017. “A alternativa de não ter os recursos liberados afetaria duramente a Ufba no pagamento dos contratos de serviços continuados, indispensáveis à manutenção da Universidade, resultando no final do ano em déficit com ônus para o orçamento de 2018. Em relação aos recursos de capital, sua retenção tem comprometido o planejamento da execução de obras e de investimentos em infraestrutura, também essenciais à Universidade”, disse em nota.

 A doação total realizada à Ufba para 2017 foi de R$ 173,8 milhões. Há o contingenciamento do valor de R$ 20,5 milhões, dos quais R$ 15,8 milhões são de recursos de custeio e R$ 4,7 milhões são de recursos de capital do orçamento, e mais R$ 15,5 milhões relacionados a parcelas a vencer. A Ufba afirma ter a esperança de haver a liberação do valor, assim como ocorreu em 2016, e disse realizar esforços com o Ministério da Educação para que o pagamento se realize. “Finalmente, em que pesem as restrições orçamentárias, a Ufba conseguiu manter até agora a disponibilidade de recursos para os programas de apoio à pesquisa, à extensão, ao ensino e à assistência estudantil”, ressaltou.

Já o orçamento da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) em 2017 sofreu uma redução de 19,5% do custeio e 49,7% do investimento, resultando em 29,3% do total. De acordo com a universidade, 70% dos recursos para custeio e 30% dos recursos para investimento foram recebidos. “Caso haja liberação dos recursos pactuados não haverá déficit orçamentário este ano. Os contratos e pagamentos estão sendo liquidados e pagos a medida da liberação dos limites financeiros”, informou.

Mesmo tendo um valor orçamentário equiparado ao de 2014, três anos atrás, a UFRB afirma ter conseguido manter seus serviços essenciais e seu “compromisso em avançar na pesquisa, ensino e extensão mesmo com as adversidades”.

A situação das instituições federais de ensino da Bahia é preocupante, mas outras universidades como a Universidade de Brasília (UnB), que tem déficit orçamentário estimado de R$ 105,6 milhões; a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que tem a projeção de R$ 40 milhões de déficit; a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que tem um orçamento 6,7% inferior ao do ano passado, e a  Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que quer a liberação de R$ 25,98 milhões de recursos de custeio têm o cenário ainda pior. De acordo com uma matéria veiculada na Agência Brasil, essas unidades apenas possuem recurso para manutenção até setembro.

 

 

Por Diário da Feira/Bahia Notícias
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