Publicada em 18/02/2017 ás 10:11:21
A Copa do Nordeste sofreu uma grande reformulação na escolha de seus participantes para a edição de 2019 em diante, após definição no início desta semana. Diferente do que acontecerá até a temporada 2018, não serão mais os clubes mais bem colocados nos campeonatos estaduais que terão vaga garantida no torneio regional. Com exceção do campeão, a CBF priorizará os clubes que estiverem melhor ranqueados na classificação da entidade, o que beneficiará apenas as equipes que mais participam das competições nacionais dos últimos anos, e não pela sua atuação no Baianão.
No atual ranking divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol, os critérios utilizados para a classificação se baseiam apenas nas competições de nível nacional/regional de realização da entidade. Sendo assim, os clubes baianos acumulam pontos apenas de suas participações no Campeonato Brasileiro (Séries A, B, C e D), Copa do Brasil e Copa do Nordeste, utilizando a regra da tabela dinâmica de cinco anos. Pela norma, os pontos conquistados na temporada mais recente (nesse caso, 2016) tem pontuação com peso maior às outras quatro classificações. Nesse caso, o último ano (2012) é o que tem o menor valor. Para o ano de 2019, a classificação de 2018 será a mais valiosa, com a de 2014 se tornando a de menor peso. Se utilizarmos o último ranking, a recente classificação dos times baianos se encontra assim: Vitória – 7.547 pontos Bahia – 6.698 pontos Vitória da Conquista – 710 pontos Juazeirense – 662 pontos Jacuipense – 401 pontos Fluminense de Feira – 335 pontos Galícia – 255 pontos Colo Colo – 208 pontos Serrano – 204 pontos Bahia de Feira – 175 pontos Juazeiro – 75 pontos Feirense – 53 pontos Caso a Copa do Nordeste de 2018 já tivesse o regulamento alterado, Bahia, Vitória e Vitória da Conquista seriam os times com maior chance de classificação, sendo que o Bode só se encontraria de fora do Nordestão no caso de outro clube além da dupla Ba-Vi garantir o título do Baianão. Pela atual fórmula, os clubes com maior chance de classificação seriam Vitória, Fluminense de Feira e Bahia. O presidente conquistense, Ederlane Amorim, comentou sobre essa novidade. “A gente fica contente por estar nesta terceira posição. Isso não quer dizer que continuaremos até lá. Eu posso ser ultrapassado por Fluminense, Juazeirense, etc. Sem sombra de dúvidas, trará um aporte muito grande (...) Mas eu, particularmente, sou contra. Isso enfraquece os times mais fracos, ou menores. Garante a vaga dos times considerados favoritos. Vejo isso como uma dificuldade pelo time do interior. Embora eu ache que quem esteja melhor colocado do ranking, tem que ser privilegiado. Acho que falta um pouco de critério nesses rankings. Um ano é de o jeito, no outro ano muda. Mas acho que a Liga do Nordeste está beneficiando os clubes grandes dos estados”, criticou. “Pelo que entendi, a FBF ainda não passou pelos clubes. Não tomamos conhecimento, salvo pelo o que vem sendo veiculado pela imprensa. Deveria haver um torneio para os melhores classificados nesse ranking. Se for ranqueado, se eu chegar em segundo, não teria direito. Até o momento a federação não oficializou para os clubes. Eu gostaria de falar melhor após a FBF oficializar. Mas, se for assim, irá prejudicar quem conseguisse a classificação via Campeonato Baiano. Estamos numa cidade grande com uma torcida grande, então prefiro opinar melhor quando houver um posicionamento oficial da nossa federação”, ponderou o dirigente tricolor. Outro caso curioso criado pelo ranking é a vantagem de clubes da segunda divisão estadual em relação a equipes que estão recentemente na elite. Esse é o caso, por exemplo, de Colo Colo, Serrano, Juazeiro e Feirense, que estão na disputa da Série B 2017 ou nem se inscreveram para a disputa do torneio de acesso. Em contrapartida, equipes como o Jacobina, que garantiu vaga na Série D 2017, não se encontra na classificação e está em desvantagem momentânea a 12 equipes do estado. Presidente jacobinense, Rafael Damasceno foi na mesma linha do Flu de Feira, e preferiu esperar um posicionamento da entidade reguladora do futebol baiano. “Eu ainda não estou à parte. A Federação ainda não passou ainda de concreto como isso seria. Não tive nada oficialmente. Mas, caso seja assim, acho que isso não é ruim só para nós, mas para todos os clubes do interior. Eu acho injusto se for dessa forma. Eu só posso manifestar de uma maneira mais efetiva quando houver algo oficial” Com a regra valendo apenas em 2019, o ranking poderá sofrer mudanças significativas em relação ao de 2016. Entretanto, é clara a desvantagem de equipes emergentes com outros clubes mais tradicionais ou que não estejam em boa campanha na temporada vigente.
Por Diário da Feira/ Bahia NotÃcias
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