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As dívidas pesam: o Botafogo projeta novo prejuízo para 2017 e precisa vender atletas


Publicada em 17/02/2017 ás 18:11:07
(Foto: Vitor Silva / SSPress)
Carlos Eduardo Pereira, presidente do Botafogo

Se não tivesse dívidas tão altas, o Botafogo faria uma temporada para lá de tranquila em 2017. O departamento financeiro projetou, no orçamento do clube, R$ 191 milhões em receitas. Isso inclui os acordos de televisão e marketing e as previsões de arrecadação com sócios-torcedores, bilheterias e estádio – o Nilton Santos começou o ano com bons resultados. Do lado das despesas, o cálculo fica em R$ 145 milhões. Aí entram todos os custos com futebol, estádio, clube social e outros esportes, como o remo. Se você puxar uma calculadora, vai notar que sobrariam R$ 46 milhões para gastar em contratações de novos atletas e investimentos em infraestrutura. Uma maravilha. Se o Botafogo não tivesse dívidas tão altas.

O endividamento botafoguense é um dos mais preocupantes do futebol brasileiro porque combina dois problemas: pouca receita para muita dívida. O clube se endividou muito rápido na última década sem que aumentasse sua arrecadação em ritmo suficiente para dar conta da bronca. Isso tem seu preço. Para 2017 a diretoria alvinegra separou R$ 54 milhões para o pagamento de dívidas, acordos trabalhistas e cíveis já existentes e outros que serão firmados no decorrer da temporada. É um dinheiro que poderia ser investido no futebol, mas vai parar nas contas de bancos e empresários que, no passado, acudiram o clube com empréstimos.

O cálculo, com as dívidas, muda de figura. Se a diretoria financeira estiver correta em suas projeções, o Botafogo vai terminar o ano com um prejuízo de R$ 8 milhões. A primeira solução é desagradável: a venda de atletas. O clube espera uma arrecadação líquida de R$ 10 milhões em 2017 com transferências para fechar a conta – o que pode acontecer ou não, a depender do futebol e do mercado. Isso, numa temporada em que o time volta a empolgar o torcedor com boas partidas e a presença na Copa Libertadores, soa mal para qualquer torcedor, mas pode ser melhor do que a segunda solução. Caso não venda ninguém, a direção terá de tomar mais empréstimos para sanar o buraco no caixa. Aí o endividamento aumenta, a bola de neve fica maior, e o problema é empurrado para 2018 do mesmo modo que foi até agora. As dívidas continuam a enforcar o Botafogo.

 

Por Diário da Feira/Globo Esporte
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